O judô em Pinhão vem crescendo e trazendo muitas medalhas para o município e a participação no campeonato Brasileiro Região V foi uma colheita de seis medalhas.

Campeonato Brasileiro Região V

Nos dias 9 e 10 de abril aconteceu no ginásio de esporte Tarumã em Curitiba o Campeonato Brasileiro de Judô Região V.

A região V é composta por judocas dos estados do Paraná, Santa Catarina, Rio grande do Sul e São Paulo.

No total, foram 727 judocas participando da competição, lá estavam os melhores de cada estado em cada categoria, pois cada estado classificou para o Brasileiro de 2 a 4 atletas por categoria.

Dos 727 judocas que disputavam, 9 eram pinhãoenses e trouxeram 6 medalhas, a judoca Luiza Pilatti foi a campeã brasileira na categoria sub 13.

Luiza Pilatti

Uma pequena de 11 anos, miudinha e muito elétrica, além de bem falante e linda. É faixa laranja, já tem 6 anos de treinos e lutas no Judô. “Minha mãe foi minha inspiração, ela, meu pai e meu tio praticavam o judô, ela me levou num treino, eu gostei e fiquei. Dei uma paradinha em 2020, mas voltei a treinar em 2021 e gosto muito do judô”.

O campeonato

Para subir no degrau mais alto do pódio, Luiza teve que enfrentar 4 adversarias, duas do estado de São Paulo, que é considerado um estado que tem tradição no judô e seus atletas são sempre de alto nível.

Uma luta de 8 minutos, 16 segundos

Cada luta foi um obstáculo, “Foram quatro lutas, a final foi a mais difícil, mas quando eu estou lutando fico focada, não vejo nada e não escuto ninguém, ali é foco e foco, mas é bom saber que as pessoas estão torcendo por mim”, destacou a judoca.

Na quarta luta que definia a campeã, Luiza lutou com uma  adversaria de alto nível do estado de São Paulo.

Foram 8 minutos e 16 segundos de luta, em vários momentos as competidoras estiveram empatadas, até que a judoca de São Paulo cometeu uma falha e ficou com duas faltas e a Luiza aplicou um waza-ari, sendo declarada campeã, “Eu já sai daqui do Pinhão com vontade de ganhar o campeonato, mas sabia que era difícil, foi muito legal quando eu estava na final e vi que o árbitro deu vitória para mim, foi muito bom, foi legal demais”, contou Luiza com os olhos brilhando.

9 horas de treinos

Não é só superar um adversário que faz uma campeã, precisa de muita dedicação, foco, empenho e treino. São 9 horas semanais de treino com muita dedicação, para o campeonato foram treinos especiais, “A sensei Maria é muito boa, ela preparou a Luiza muito bem, teve treino da Luiza sair bem cansada porque lutou cinco lutas diretas, mas ela estava treinando a resistência da Luiza e isso fez a diferença para ela ser campeã, normalmente as lutas duram 2 minutos e a luta final da Luiza durou 8 minutos, agradeço a ela e a todos os colegas da Luiza que a ajudaram a chegar na medalha de outro, porque a vitória é de todos”, destacou Paola Pilatti, mãe da Luiza.

“A medalha é um pouquinho de todos”

Se vale a pena tanta dedicação, Luiza responde que sim, mas com humildade reconhece e agradece aos amigos da equipe de judocas que a ajudaram ser campeã, “Vale sim me dedicar. A treinadora faz a gente treinar forte para a gente chegar lá e ganhar, ela não é brava, é exigente. Agradeço a ela por me preparar e ao sensei Ronerson. Na verdade, a minha medalha é um pouquinho dos demais que fazem parte da equipe, eu agradeço muito ao Mateus, Gustavo, Amanda Derick, a Nayumi,  Milena, porque eles me ajudam a treinar, e a medalha é também deles, pois sem eles eu não conseguiria estar preparada para a luta, e também a Nay que está sempre na torcida e nas gravações”.

Luiza é uma medalhista

A campeã do Campeonato Brasileiro região V é uma medalhista, é tri campeã invicta no paranaense e foi campeã no Sul Brasileiro, fala da emoção de receber a medalha de ouro no Brasileiro região V “Receber a medalha foi especial, na hora que colocam a medalha a gente sente tipo um choque, não dá para acreditar”.

Ela conta que tem o sonho de participar do mundial, “Ser campeã traz mais responsabilidade porque, sendo campeão a gente já vai com as expectativas maiores. O meu sonho é competir no mundial”.

Ser mãe de judoca não é fácil

Para a mãe da Luiza, Paola Pilatti, vê-la lutar é sempre uma emoção, que sempre fica com o coração na mão, “Coloquei a Luiza no judô porque ela é elétrica, (risadas). Ser mãe de judoca é correr atrás da estrutura, é levar e acompanhar os treinos, é viver emoções fortes. A Luiza está no judô desde os 5 anos, é da primeira turma dos pequeninhos, eu não esperava que ela fosse tão longe, a gente incentivava porque é um esporte que trabalha muito a disciplina e a relação da equipe”.

Foto: Nara Coelho/Fatos do Iguaçu

 Paola fez questão de destacar o trabalho da equipe, “O judô trabalha muito o respeito ao trabalho em equipe, a medalha da Luiza é de todos que treinam juntos, pois a vitória de um depende da dedicação de todos, a conquista da Luiza só é possível porque todos contribuíram e muito para ela se preparar. A vitória dela é de todos e mesmo quem não trouxe medalha merece aplausos”.

Ela agradeceu as pessoas que contribuem dando apoio a Luiza e ajudando a manter a estrutura dos treinos e competições, “ Agradecemos a prefeitura que dá todas as condições para os treinos e a participação deles nos campeonatos, aos apoiadores da Luiza, a Grazy Cosméticos e Perfumaria, a Bioma Engenharia, a Mecânica do Lile, a Loja Caramelo, Dellgral Comunicações, a Escola Expressão e a Betinho Auto Center, o apoio deles faz a diferença”.

Luiza tem maturidade de luta

Sensei Maria Helena de Fátima Spengler fala sobre o que diferencia a Luiza das adversárias,” A Luiza tem uma maturidade de luta difícil de se encontrar na idade que ela está de 11 anos, ela faz uma leitura rápida da luta, ela tem muito apurada a capacidade de focar e perceber a luta, é muito rápida para se esquivar dos golpes, além de apenas com 11 anos já ter a uma bilateralidade amadurecida, o que é mais comum a partir dos 14 anos”.

“A equipe foi impecável”

Para o Campeonato, a equipe do Pinhão foi com nove atletas, voltaram com 6 medalhas,  Emanuel Caldas, Maria Helena Spengler foi a 7ª colocada, Helena Yumi Watanabe, foi a 5ª colocada. Foram medalha de bronze Luize Borges 52 kg, Letícia Borges e Eduardo Freitas 60 kg e Amanda Antônia 34 kg. Na categoria sub 15, 36 Kg Milena Orzechowski foi medalha de prata.

Para a sensei Maria Helena, todos os atletas foram muito bem, nenhum deixou a desejar, “Todos lutaram muito bem, nós lutamos com atletas de São Paulo, de clubes que formam atletas para a seleção, como o Pinheiro. Nossos atletas só perderam para os de São Paulo, posso afirmar que todos da equipe foram impecáveis”.

 

 

 

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