Mais uma crônica de Francisco Carlos Caldas

     Como já exposto entre outras em crônica publicada na edição 910, de 30/08/2019, no Jornal “Fatos do Iguaçu”, não temos na nossa caminhada o histórico de leitura de muitos livros, ainda que um acervo de bastante leitura e escritos. E nessa área meio que invejamos Mário Sérgio Cortella e L. Karnal.

      Na última semana de 2020, lemos um livro: “Juscelino Kubitschek-JK – O Presidente Bossa-Nova”, texto de Marleine Cohen, SP, editora Globo, 2005; e relemos o Livro atualizado “O Pinhão que eu conheci” da lavra do pinhãoense seu Renato Passos Ferreira, com quem batemos um proveitoso e gratificante papo na tarde do dia 30/12/2020,  e que nos relembrou os “pontos” que o meu saudoso pai fez com agulha e fio no acidente doméstico que o mesmo sofreu com quebra de mamadeira de vidro, e de  narrativa na pág. 15 de seu livro.

       Quando cursamos o 2º. grau, em Guarapuava, nos anos de 1972-1974, tivemos que ler alguns livros para feitura de análise literária. Entre eles: Romeu e Julieta, de W. Shakespeare,  “A Moreninha” de Joaquim Manoel de Macedo;  “O Cortiço”  de Aluísio  Azevedo, ”Helena”  de Machado de Assis.

        Depois lemos quase todos os livros de uma coleção presenteada para minha filha “Personagens que mudaram o mundo”, da Editora Globo; vários livros de Neimar de Barros; dois livros sobre Gandhi, dois sobre  Che Guevara; três livros sobre “Mentes Ansiosas, Perigosas e Insaciáveis” da psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva; “Dom Casmurro”, “Memórias Póstumas de Brás Cubas” e “O Alienista” de Machado de Assis; “Meu Pé de Laranja Lima”, de José Mauro Vasconcelos;  “O Príncipe”, de Maquiavel;  “Dom Quixote”, de Miguel de Cervantes; “A Revolução do  Bichos” de  George Orwell; “As lutas do Provo Brasileiro”, de Júlio José Chiavenato;  “Elogio da  Loucura” de Erasmo  de Rotterdam; Jânio Quadros – o insaciável de Poder”; “O Vendedor de Sonhos”, de Augusto Cury; “Política” de Aristóteles; “Dicionário de Ouro da Política” de David Jardim Júnior; “Vocabulário do Vereador” de Rangel de Souza Muller, ex-Prefeito de Laranjeiras do Sul; “O Pequeno Príncipe” de Saint-Exupéry; “Um olhar sobre a cidade”, de Dom Hélder Câmara; “Quem Mexeu no meu Queijo”, de Spencer Johnson, M.d.; “Sêneca – A Constância do Sábio”, da Editora  Escala; “O Velho e o Mar” de Ernest Hemingway; “Parábolas de Fé, de  Darlei Zanon, Ed. Paulus;  “A vida e pensamento de Voltaire”, de Fernando Cury; “Sombras do Passado”,  “Dicionário Nominal Histórico” e “Retratos de Pinhão” (não publicado), de José Bischof; “Transformações no Espaço Agrário do Município de Pinhão”, de 1991, e de Rosemarí Solski; “Por que nosso Município chama-se Pinhão” de 1999 e de José Silvério de Camargo; “Marco Régio” de 2006 e de Murilo Walter Teixeira; livros de: Renato P. Ferreira, Evani Camargo Mendes,  Edmilson Siqueira Caldas, Romeu Fonseca,  Ione Ap. de Abreu Pereira;  “Tudo Passa, a História Fica”, de 2020, de Maria Goreti Kluger Rocha, sobre os causos do ex-Vereador Zorardo de Deus Rocha, “Honoráveis Bandidos” de Palmério Dória; Memórias dos Povos do Campo do Paraná – Centro-Sul, de Liliana Porto e outros; “Fogo Morto” de José Lins do Rego;  Sistema Faxinal, da editora UEPG, e da lavra da professora Maria Magdalena Nerone; Biografias de: Rui Barbosa e Santos Dumont da Editora Isto É; “Madeiras de Lei” de Nilson Monteiro, sobre a vida e obra de Miguel Zattar; “O Papel de um Sonhador”, de 2010, de Cíntia Marschner de Siqueira, sobre a vida de Manoel Lacerda Cardoso Vieira, da empresa Santa Maria, de Guarapuava; Criminalista Mário Jorge, de 2017 e de Terezinha Elinei de Oliveira; José Aroldo Gallassini – Uma visão compartilhada”, de 2018, de Elias Awad, sobre presidente da COAMO; do Sarau dos Escritores, de evento ocorrido no CTG Pala Gaudério de Pinhão, na noite de 27 de abril de 2019, entre outros.

          Pinhão, é riquíssimo em histórias e causos, e em setembro/1991, no antigo e extinto Jornal “A Voz de Pinhão” que teve atividade do final da década de 80 até meados da década de 90,  fizemos uma abordagem sobre a necessidade de preservar a história e causos de nossa Terra e Gente, pois muitas coisas só na memória e no oral vão para as sepulturas junto com aqueles que tinham conhecimento a respeito. Meu tio e autodidata Amazonas da Silveira Caldas (tio Mazio), mano Ari Dellê Caldas, Onézio Nogueira, José Eloi Martins, Albari Ferreira Caldas, Amaury Mendes Silva, Antônio Fleury de Lima e outros levaram com eles muitas histórias e causos, alguns na sua essência e versão real, irrecuperáveis.

        Meu filho quando criança, uma vez pediu “Me conte uma história engraçada e que tenha final feliz”,  e não foi contada por limitações e falta de repertório. Dias desses, contei para minha neta, uma história de visagem, esqueleto e panela de dinheiro, do saudoso Sr. Antônio Fleury de Lima, e ela gostou  e já tive que contar mais vezes.

       São muito importantes se escrever sobre fatos, atos e  inclusive sobre ocorrências e ditados simples do cotidiano e nosso folclore que  têm potencial de preciosas lições e grandes legados. Senão livros; escritos como este que hoje ficam não só em papéis mas também nas “nuvens” do mundo tecnológico. Confúcio, Cristo, Gandhi e outros,  fisicamente morreram há milênios e décadas, e estamos aí guiados e reflexivos sobre as suas ideias e o que pregaram. Conhecimento de pessoas, por obras entre as quais, leituras e escritos.

        Pinhão, já teve na década de 90, o “Projeto História” que esteve à frente Jocelita do Rossio Dellê; o projeto “Cada nome uma História”, que esteve a frente  Rosi Maria Dellê Sens, e que infelizmente não tiveram continuidade.

        Tudo tem um momento  que se não for aproveitado,  depois é tarde e mais difícil  melhor retratá-lo, daí o nosso fascínio por escritos. Nunca me esqueço de um professor de nome Jugurta Gonçalves Pereira, que tive no curso de Direito na segunda metade da década de 70 e da UEPG, que de tão culto que era e conhecedor da Mitologia Grega,  tinha dificuldades de se ater a disciplina que lecionava. Adriano Suassuna me lembrava o professor  Jugurta.

        A nossa expectativa para 2021, é o lançamento do livro do pinhãoense e cidadão Francisco Dellê, e que esperamos venha servir de inspiração  e ampliação do legado de escritos  da nossa Gente e Terra. E que seja implantado em nosso meio ao menos um dos projetos abaixo: “Boca Bendita”; o “REPIQUE” e/ou encontros mensais históricos-filosóficos de causos e  até piadas, em que há até espaço para isso: o Cantinho da Cidadania GDC.

         Francisco Carlos Caldas, advogado,  ex-Vereador, municipalista e cidadão. E-mail  “[email protected]”       

 

Compartilhe

Veja mais