Por Dartagnan da Silva Zanela

Matutar é preciso! Viver não é preciso. É claro que é preciso caramba! Viver é bão barbaridade. Mas, nesse momento, matutemos um cadinho junto com esse caipira escrevinhante.

[1] Há, na sociedade brasileira, um abismo praticamente intransponível entre a sociedade [civil desorganizada] e a dita cuja da classe falante e diplomada [que acredita falar em nome da sociedade, de todos nós].

[2] A negação, feita com beicinho de quem está com cara de dor de barriga, expressa de maneira lacônica e em sintonia com o coro da patota, evidencia de modo claro o quanto é fácil usar como massa de manobra aquelas pessoas que se apresentam feito vestais da democracia, conscientes, críticas e engajadas. Aliás, são essas as pessoas que mais facilmente são instrumentalizadas desse modo. Detalhe: não sou eu que o digo, são os fatos. Os tais dos fatos.

[3] Há uns loques que defendem um regime de exceção (ditadura) para salvaguardar as tais das instituições democráticas. São em número minguado, mas existem pessoas que defendem isso e, sinceramente, eles não sabem o que querem.

Também há aqueles que se utilizam das instituições democráticas para implantar, sorrateiramente, uma ditadura totalitária que, por sua deixa, jamais será apresentada com esse nome e, infelizmente, os desgraçados que defendem isso não são poucos e, francamente, eles sabem muito bem o que estão querendo.

Agora, se infeliz não sabe identificar essas sutilezas nos discursos dos agentes políticos e bem como nas falas dos autoproclamados analistas, é porque o coitado está mais perdido do que cego no meio dum tiroteio, acreditando, perigosamente, que está enxergando tudo, criticamente, tintim por tintim. Tolinho.

[4] Qualquer um que imagine que o Dianho anda pelo mundo com chifres, cascos e com um tridente em mãos, cuidado, muito cuidado, porque cedo ou tarde acabará sendo encoxado por ele. Se já não estiver sendo. Enfim, por essas e outras que devemos, sempre, orar e vigiar. Orai e vigiai seus tongos! Orai e vigiai.

[5] Perguntar não ofende: Quem está pagando os advogados do Adélio? Quem? De onde está vindo esse dindim graúdo?

[6] Como é que é? Tentaram forjar um [suposto] álibi para Adélio de dentro da Câmara dos Deputados Federais, onde ele [supostamente] esteve no mesmíssimo dia em que ele esfaqueou o Elenão? Estranho… muiiiito estranho…

[7] O cara [supostamente] não tem o fiote pra troco e tem ao seu dispor advogados com honorários a peso de ouro e ninguém se escandaliza com isso?

[8] Escrevinhar ou não escrevinhar? Eis a questão. Phoda-se! Escrevinhar é preciso. Se tonguear também o é. Então, que assim seja: juntemos o inútil ao desagradável.

Todo mundo acha que tem alguma coisa pra dizer. Todos. Inclusive eu. Não sei bem o que, mas imagino que tenho algo a declarar do alto de minha tribuna feita de velhos caixotes de quitanda.

Não sei se o que direi tem algum valor. Provavelmente não tenha valor algum. Fazer o quê? Direi mesmo assim. Um dia sim e no outro também. Dane-se.

Aliás, quem disse que o que sai na grande mídia vale alguma coisa? Quem foi que disse que o que circula através da [nem tão grande] mídia merece a dignidade dum vintém furado? De minha parte, não lhes dou crédito, nem boleto, nem promissória assinada. Confiança menos um pra eles todos.

Sim, o que digo é petulante, fruto duma vaidade sem cura. Sim, bem possivelmente seja isso. Mas, no frigir dos ovos tudo acaba sendo somente isso: vaidade. Vaidade das vaidades. Tudo, midiaticamente ou não, termina sendo apenas isso.

Então, que Deus me perdoe e que os amigos tenham a devida e imerecida paciência com esse sarna de galochas. Paciência a qual eu, francamente, não tenho – e que não pretendo ter – para com a grande mídia que, por sua deixa, não se cansa de regurgitar sobre nós toda ordem de engodo como se fosse a mais cristalina verdade, simplesmente porque foi vomitada por ela mesma.

Ponto. É isso. Hora do café e daquela deliciosa broa de milho.

Obs.: Não seja louco de acessar e conhecer o site do Darta. “Deusolivre”! Não faça isso! Mas se você for doido e irresponsável, sinta-se à vontade. O endereço é esse aí: http://zanela.blogspot.com/


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