Secretaria de Saúde realiza capacitação na área do Hansenismo

Por Nara Coelho

No dia 26 de maio é o dia de conscientização da hanseníase, doença que é popularmente conhecida por lepra, doença infecciosa crônica causada por uma bactéria que atinge pele e nervos. É transmitida pelas vias aéreas e se manifesta através de manchas, geralmente a pele fica sem cor e com alteração da sensibilidade.

Infelizmente, devido ao descuido das pessoas e a falta de informação, a doença tem se manifestado e novos casos tem surgido a cada ano.

PARANÁ

O Brasil é o segundo país com maior número de casos novos de hanseníase, seguido da Índia.

No Paraná foram diagnosticados mais de 3.000 casos novos nos últimos cinco anos e destes, 555 foram em 2018.

 Os homens são mais propensos à doença, isso porque costumam se cuidar menos que as mulheres, dos casos diagnosticados,58,2 % são do sexo masculino, 41,8% do sexo feminino, 7 casos em crianças.

PROBLEMAS ENFRENTADOS

Para enfrentar a hanseníase, é preciso vencer alguns obstáculos, inclusive o do preconceito, pois durante muito tempo a doença foi um estigma na sociedade, como ela pode causar,em seu estágio mais elevado, deformação no corpo, antigamente se acreditava que a doença era passada num simples aperto de mão,as pessoas eram isoladas em colônias.

Outro problema é o diagnósticotardio, pois quando o paciente chega em busca de ajuda já está com muitas sequelas, com todo o organismo afetado, o que leva a algumas incapacidades físicas.

Dos casos diagnosticados no Paraná,84,1 % foram diagnosticados na fase avançada da doença; 50% desses casos já apresentava algum grau de incapacidade física (sequela).

TRATAMENTO E CURA

Hoje a doença tem tratamento, tem cura e sabe-se que a transmissão dela é por vias áreas.

Como toda doença é fundamental buscar atendimento médico logo no início, quando a doença se manifesta. Nos locais onde as manchas se manifestam costumam ficar insensível à dor e calor. Ou seja, a pessoa bate ou até mesmo queima o local e não sente dor, é preciso ir ao médico logo que aparecem manchas ou outros sintomas, pois pode ser apenas um simples problema de pele, mas também pode ser algo mais sério, como a hanseníase.

A evolução lenta e a aparência de não ser nada grave, as manchas da hanseníase podem dificultar o diagnóstico.

O tratamento é via oral, gratuito, efetivo e ofertado em qualquer unidade básica de saúde. Os doentes param de transmitir a hanseníase tão logo iniciem o tratamento, este deve ser feito com regularidade.

Acompanhamento adequado, orientações de auto-cuidado podem fazer a diferença entre uma sequela permanente e uma vida normal.

TRANSMISSÃO

Aqueles que convivem no mesmo local que o doente, são os mais propensos a adquirirem a doença, o contato domiciliar de todo dia faz com que as pessoas estejam respirando o mesmo ar, o que facilita a transmissão da bactéria.

Não se pega hanseníase abraçando ou em apertos de mão.

A SENSIBILIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS

A Secretaria Municipal de Saúde de Pinhão,(foto) realizou uma capacitação na terça-feira, 14, na Câmara de Vereadores sobre a doença, seu diagnóstico e tratamento com 72 profissionais de saúde, incluindo médicos, fisioterapeutas, enfermeiros e agentes de saúde, visando a identificação precoce de um caso suspeito, pois, quanto mais tardar o tratamento, maiores serão as sequelas da doença.

 

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