Não há dúvidas que em meio as discussões políticas a razão é a primeira que pede licença e se retira, haja vista que nessa seara, segundo as velhas raposas, vale tudo, menos perder. Porém, sou franco em dizer que, no meu ponto de vista, uma das coisas mais baixas, levianas e vulgares que pode existir numa guerra política é a prática cínica de rotular o adversário com termos infamantes, com o intento rasteiro de encobrir a sua própria má intenção totalitária, ao mesmo tempo em que direciona o ódio da opinião pública contra aquele que é o alvo dos insultados perpetrados.

Esse expediente calhorda é frequentemente utilizado pelas militâncias – e pelos simpatizantes – marxistas dos mais variados matizes (respeitando, obviamente, as raríssimas – e coloque raras nisso – exceções). Reparem, e reparem bem: não são poucos os indivíduos que vivem, orgulhosamente, rotulando e imputando crimes aos seus adversários, chamando-os histérica e insistentemente de fascistas, racistas, machistas, xenófobos, intolerantes, violentos, preconceituosos e o caramba a quatro.

E, quando fazem isso, o fazem com a intenção maliciosa de desviar a atenção das almas distraídas dos cidadãos da sanha totalitária que é inerente e indissociável de suas próprias crendices ideológicas. Não apenas dos cidadãos, mas também, e com grandessíssima eficácia, fazem isso para desviar a atenção deles mesmos, num processo tolo de auto sugestão hipnótica e, assim, poderem justificar a sua intratável vileza.

Chega a ser infantil e, por isso, vergonhoso, vermos pessoas adultas portando-se como se estivessem no meio do enredo dum livro infanto-juvenil como Harry Potter, simulando medinho pra não dizer o nome de supostos Voldemort’s que, no caso, seriam os seus adversários e desafetos políticos que tem, como havíamos dito, sua imagem maquiavelicamente enxovalhada por eles.

Por fim e sem mais delongas, lembramos aqui as palavras proféticas de Winston Churchill. Segundo o primeiro-ministro britânico, os fascistas do futuro iriam chamar os antifascista de fascistas.

Pois é. O futuro chegou e é tão ridículo quanto assustador o quanto que as suas palavras tornaram-se uma triste realidade. Fim de causo.

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