Vivemos num contexto em que, o culto ao eu, tem crescido de forma absurda. Isso é perceptível nas redes sociais, grande parte das “selfs”, tem a mesma pose, a mesma cara. Nunca as pessoas tiraram tantas fotos de si mesmas. É muito “eu” nas músicas, na familia, no trabalho, enfim, em tudo. O que importa é o que “eu quero”. Vejo isso presente, inclusive na infância, existem muitas crianças mimadas demais que “mandam” nos pais. Crianças que nunca ouviram um não, isso é prejudicar o futuro da mesma. Veja no casamento, via de regra, o objetivo é um fazer o outro feliz e assim os dois serão felizes, mas o que acontece muitas vezes é o contrário, entram no relacionamento visando apenas o “eu”; são os “meus desejos”, os “meus sonhos”, e o outro? Isso é tão medonho, que está presente também nas amizades, muitos estão perto apenas enquanto convém, outros querem uma amizade, mas não aceitam ser questionados, é sempre o “eu é que sei”. Infelizmente isso adentrou inclusive as igrejas também, muitas musicas “gospel”, enfatizam mais o “eu” e se esquecem de Deus, na verdade, exigem que Deus faça a vontade do “eu”. Até mesmo na oração, as pessoas pedem somente para si, oram para si, cultuam a si e se esquecem do próximo. Jesus na oração modelo deixou claro essa questão do próximo quando disse “Pai Nosso”; Ele não disse “Pai Meu”. Na oração do “Pai Nosso” já está presente, que devemos olhar com mais cuidado para o próximo. É o momento de tomarmos cuidado com o “culto a si mesmo”, não estou falando que você não deve se preocupar com você, mas cuidado para que isso não se torne um egoísmo doentio, lembre-se de “amar o próximo”. Quando você só quer saber de você mesmo, a solidão será sua companhia, e a vida vai perdendo a graça. Viva para você mesmo, mas viva mais para o outro, ame seu cônjuge, torça pelo bem do seu próximo, ouça com cuidado a opinião dos outros, e ore pelo outro. Que Deus nos abençoe em vez de simplesmente, “me abençoe”.
Rev Sandro – pastor da Igreja Presbiteriana do Pinhão