Aos 36 anos, o experiente armador paulistano Fúlvio Chiantia é a aposta do Vasco da Gama para a temporada 2017/2018 do Novo Basquete Brasil

por Luiz Humberto Monteiro Pereira –  humberto@esportedefato.com.br    Foto: Foto: Thiago Moreira/Vasco 

O armador paulistano Fúlvio Chiantia é o grande reforço do Vasco da Gama para a temporada 2017/2018 do Novo Basquete Brasil, que terá início no dia 4 de novembro. Aos 36 anos, o jogador de 1,86 m de altura e 75 kg foi eleito o melhor armador da última edição da competição, que jogou pelo Brasília. Em julho, fechou contrato com o time carioca para a próxima temporada da NBB, que reunirá as 15 melhores equipes do basquetebol masculino brasileiro. O Vasco estreia no dia 7 de novembro, quando enfrentará o Minas Tênis Clube, em Belo Horizonte. O início dos playoffs está previsto para o final de março e as finais devem acontecer em meados de maio. “Eu vim para o Vasco em busca total desse título da NBB. A gente vai trabalhar muito duro e eu espero que os ginásios continuem enchendo”, torce o armador cruzmaltino.

Fúlvio começou a jogar ainda adolescente no Limeira (SP) e depois passou por Paulistano (SP), Uberlândia (MG), Casa Branca (SP), Corinthians/UMC (SP), COC/Ribeirão Preto (SP), Universo/BRB (DF), Paulistano (SP), Pallacanestro Roseto (Itália) e C.B. Granada (Espanha), São José (SP) e Brasília (DF). O São José foi equipe que defendeu por mais tempo na carreira, de 2009 a 2013. Com a equipe do Vale do Paraíba, conquistou o título de campeão paulista em 2009 e 2012 e foi vice-campeão nacional no NBB 2011/2012, quando ganhou o apelido de “Maestro”. Depois de contratado pelo Vasco, Fúlvio teve a oportunidade de voltar à seleção brasileira, onde já havia sido campeão Sul-americano em 2010. Em agosto, foi o mais velho do grupo convocado para a Copa América de 2017, disputada na Colômbia. A seleção chegou renovada ao torneio e nenhum atleta que esteve nas Olimpíadas de 2016 foi convocado. O time tinha média de idade de 24 anos e Fúlvio foi chamado não apenas para armar a equipe, como também para orientar os mais novos. Mas, depois de vencer a Colômbia na estreia, o Brasil perdeu para México e Porto Rico e ficou fora da classificação para os Jogos Pan-Americanos de Lima, em 2019. “Esse intercâmbio com os mais velhos ajuda os mais jovens a pegarem atalhos e alcançarem a maturidade naturalmente”, acredita o armador, que é líder em assistências da história do NBB, com 1.666 nas oito edições que participou.

Esporte de Fato – Como o basquete surgiu na sua vida?

Fúlvio Chiantia – Fui atrás do Flávio, meu irmão mais velho. Ele começou a praticar e eu, aos 12 anos, fui no embalo. Eu seguia sempre ele e a gente até acabou disputando campeonatos. Eu joguei todas as categorias de base, ele parou no infanto e eu dei continuidade. Essa nossa competitividade sempre me levou a grandes êxitos e foi algo que me ajudou bastante. Aos 17 anos, deixei a casa dos pais e a equipe do Limeira para morar em São Paulo, onde defendi o Paulistano.

Esporte de Fato – Como vê o basquete no Brasil hoje?

Fúlvio Chiantia – Com a criação do NBB, o basquete retomou seu espaço na mídia e no país. Hoje vejo o esporte muito mais divulgado e em evidência. Mas uma medalha expressiva da seleção brasileira num campeonato de peso certamente ajudaria a popularizar ainda mais a modalidade.

Esporte de Fato – Quais foram seus resultados mais expressivos e quais são seus objetivos no esporte?

Fúlvio Chiantia – Sempre tive destaque por onde passei. Ganhei o Campeonato Paulista, o Sul-americano de Clubes e o Sul-americano pela seleção. Meu principal objetivo é conquistar o NBB. Sobre o futuro, prefiro não pensar. Vivo demais o presente, quero dar o meu máximo. Sou feliz por tudo o que já vivi, e eu vou até onde o meu corpo me levar. O basquete é o que eu mais amo na vida.

Esporte de Fato – Quais são seus armadores prediletos?

Fúlvio Chiantia – O Isaiah Thomas, que joga no Cleveland Cavaliers, e o Steve Nash, que se aposentou em 2015, aos 41 anos, jogando pelo Los Angeles Lakers.

Esporte de Fato – Como vê a repercussão dos Jogos Rio 2016 para o esporte brasileiro?

Fúlvio Chiantia – Achei que foram os melhores Jogos Olímpicos de todos os tempos. Porém, fico muito triste com o abandono das arenas e instalações olímpicas, sem falar nas fraudes e superfaturamento das obras.

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