Uma característica e interessante deste escriba, é apego a espaços e ambientes que ocupamos, entre os quais sala (cantinho) na Câmara Municipal.
Já tivemos moradia no interior de Pinhão (Dois Pinheiros), cidade de Pinhão, Guarapuava, Ponta Grossa, Wenceslau Brás e desde 9/3/1981 moradia e domicílio na cidade de Pinhão e que nosso terreno tem origem em uma aquisição feita em 1945 pela minha avó Querubina Rocha Dellê, em uma permuta feita com Sr. Jorge Cruz, por um terreno na cidade de Guarapuava, onde meu bisavô Luiz Dellê, tinha uma Casa Comercial (Verde), onde funcionou por anos a empresa Gelinski, hoje Colégio Lobo
Área de 38.386,36 m² que coube a minha mãe por herança e divisão judicial, foi feito em 2000 o Loteamento “Recanto das Árvores”, com 46 lotes, alguns dos quais foram para o Município, na destinação de 35% para ruas e equipamentos públicos, e para o TJPR para construção do Fórum.
Esse espaço é situado no Bairro São José, e faz divisa com o centro e Bairro Mazurechen, e é um local privilegiado. Entre outras proximidades: Hospital (HSCP) desativado e onde vai se instalar o Anjo Protetor, Praça Darci Brolini, Paço Municipal, Colégio Mórski, Escola Cecília Meirelles, Supermercado, agências bancárias, APAE, Biblioteca, Farmácias, Central de Especialidades, Delegacia de Polícia, Fórum, CTG, Igreja Santa Rita e Matriz, e até Funerária; não fica distante de Rodoviária, Complexo Esportivo Rubens Spengler e Câmara Municipal, e para deslocamentos a esses locais, nem se precisa de carro, moto ou bicicleta. Esse local ainda só parte tem rede de esgoto, mas mesmo assim, é uma espaço e ambiente agradável e um ótimo lugar para morar e trabalhar e de fortes ligações sentimentais e laços de família.
Esse canto da cidade de Pinhão, que fica entre a rua XV de Dezembro, João Ferreira da Silva, Salvador da Silveira Caldas, Nilo Vivier, Avenida Hipólito Ayres de Arruda, Frei Corbiniano e Rui Barbosa, tem origem em aquisição feita por minha avó materna Querubina Rocha Dellê, de Jorge Cruz, de área maior, em que o mesmo se mudou de Pinhão, por causa de um tiroteio com Nenê Missioneiro em que uma bala extraviada matou um jovem filho de um primo da Dellezada e descendente da Família Rocha e Ribas, em uma tragédia de grande comoção, isso relatado na página 205 do Livro de Francisco Dellê, lançado em 30/09/2023.
Um outro espaço que destacamos fica entre as ruas: Francisco Dellê, Frei Corbiniano, Darcílio Ferreira da Silva, Dario Alves Ribeiro, João José Zattar e o Arroio Passo Velho ou Tapera e Passo Paulista, onde está hoje o Colégio Procópio Ferreira Caldas e COAMO, e que meus bisavô Luiz Dellê e avô Francisco Dellê, adquiriram de Job Fernandes de Azevedo, que teve que ir embora de Pinhão, porque se envolvera num crime em que foi vítima um fazendeiro de nome Pedro Laurindo, isso relatado nas páginas 180/181 do já citado Livro do pinhãoense Francisco Dellê.
O foco principal deste enfoque é o local onde temos residência com moradia rodeada de árvores, algumas frutíferas e domicílio, mas é interessante conhecer história não só de pessoas mas também de espaços, até para melhor valorizá-los. Quando estivemos Vereador na legislatura 1997-2000, fizemos uma indicação acatada pela Secretária de Educação da época, Rosimari das Graças Sens, das pessoas terem conhecimento e do porque da denominação e homenagens de ruas, bairros, espaços de lidas, atividades e que virou o projeto “Cada nome uma História”, que teve um ótimo início, e não teve continuidade depois de 2005, e mais um fracasso em nossas peleias de POLÍTICA e CIDADANIA em Pinhão.
E apesar dos pesares, da baixa qualidade e fraco desempenho de nossa classe política da qual também fazemos parte, Pinhão e o nosso espaço no bairro São José, e na linha do “O Rio da Minha Aldeia” do poeta português Fernando Pessoa (1885-1935) e canção “Berço da Deus” de Milionário e José Rico, são para mim os melhores lugares do mundo.
(Francisco Carlos Caldas, advogado, municipalista e CIDADÃO)
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