Mais uma crônica de Francisco Carlos Caldas

Dias desses ouvimos fala de gente do Movimento Brasil Livre-MBL defendendo Escola Sem Partido, e o professor e historiador Leandro Karmal, rotulando isso, com asneira, bobagem conservadora. E como tenho certas afinidades ideológicas com o MBL, Kim Kataguiri, Joice Hasselman, Leandro Karnal e Mario Sérgio Cortella, fiquei meio que perdidinho, do que é uma coisa e  outra, e se bom ou ruim.

            Sem conhecimento profundo sobre as ideias e teorias de cada um, como leigo e incipiente no assunto, tenho o entendimento de que em escolas não podem o corpo docente, atuar de forma tendenciosa sobre o corpo discente, querendo fazer a cabeça de estudantes, defendendo esta ou aquela cor partidária, ainda que ninguém é ou deva ser neutro.

            Professores devem se esforçar para serem imparciais nas aulas e conteúdos da grade curricular, e abrir leques, caminhos, para que cada um, vendo os diversos lados, doutrinas e teorias, tome a sua decisão com a maior liberdade possível.

            Agora política pode e deve ser assunto do dia a dia das escolas, sem preconceitos,  parcialidades ou demonizações de “coisa ruim”,“sujeira”.

            Mesmo tendo militância partidária desde 10/11/81, com ou sem mandatos eletivos, com razoável frequência somos convidados a fazer falas em Escolas de Pinhão, com esforço de atuação impessoal e imparcial.

            Em princípio e em que pese gostar e já ter assistido várias palestras e vídeos de Leandro Karnal, sou defensor de ESCOLA SEM PARTIDO, pois, esse é o local de luzes, de ampliar o leque de ideias, e não pode esse espaço ser usado para lavagem cerebral de alunos, com cores partidárias, doutrinas quer de esquerda ou  direita, quer de liberalismo ou de  conservadorismo.

            Nos meus tempos de primário, ginásio e 2º. grau, nos idos de 1963-1974, tinha-se muito respeito a professores, autoridades; mais momentos cívicos, e sem saudosismos, mas essas práticas não é salutar serem desconsideradas. E quem educa efetivamente, são os pais, a família, e a Escola por melhor que seja, até pelo tempo de convívio,auxilia na educação.

            Paramos de dar aula na Escola Pública, no ano de 1988, face ao fato de terem acabado com disciplinas como de Educação Moral e Cívica, OSPB, Legislação, que tínhamos mais gosto e afinidade. E de lá para cá muitas coisas mudaram nas Escolas Brasileiras, muitas facilidades de pesquisas surgiram, mas em termos de respeito, disciplina, dizem que as coisas se complicaram e têm ocorrido retrocessos. E nos parece que o melhor caminho, são ESCOLAS CIDADÃS, que atuem como pólos irradiadores de BOAS NOVAS, afinal e como dizia o grande físico Albert Einstein: A pura intelectualidade não basta para diretrizes certas, se essa intelectualidade, não traz em seu bojo, a marca liberal de um   sentimento bom  e construtivamente humano.”

            É preferível um analfabeto honesto, do que muitos cultos inescrupulosos, pelo potencial que estes últimos têm de causar mais estragos.

(Francisco Carlos Caldas, advogado e cidadão municipalista).

E-mail “[email protected]”    

Compartilhe

Veja mais