Mais uma crônica de Francisco Carlos Caldas

Em Pìnhão,  nos anos de 1981-1988 e 1993-1994, atuamos de professor nas disciplinas Educação Moral e Cívica, Geografia e História Econômica, Legislação, História, entre outras, mas o nosso encanto  mesmo era EMC, que tanta falta faz e que acabaram essa disciplina em nome inserções na interdisciplinariedade.

       Quando acabaram com EMC e o Cólégio Mórski deixou de ter o curso básico em administração, tínhamos estabilidade no Estado, mas pedimos demissão. E depois ministramos aulas de História em escola particular (Girassol), nos anos de 1993-1994, e após termos  concluído em 1996, o curso de  História na  UNICENTRO, nunca mais damos aulas.

       Já dissemos e reiteramos, parafraseando D. Pedro II, “…se não fôssemos advogado, seríamos professor, pois, não vejo profissão mais nobre e missão mais sublime do que dirigir as inteligências juvenis e preparar os homens do futuro.”

          Por carregar até essa frustração de deixar de atuar como professor, em sublimação, criamos um espaço apartidário para Escolinha Informal de Política e Cidadania, na rua Nilo Vivier, nº. 89, no Bairro Mazurechen. E a ideia era encontros/reuniões uma vez as terceiras quintas-feiras de cada mês. O projeto foi iniciado em 22/02/2008, teve bons momentos, mas se arrastou e não decolou, por falta de público/interessados.

          Depois em dezembro de 2018, foi criado o projeto “República e Pinhão que queremos”/REPIQUE, e da mesma forma, fracassamos.

          O projeto e criação em 2014 da Câmara Mirim de Pinhão, também foi pensado, para suprir a falta de noções, princípios, organização, disciplina e atos do cotidiano, vida pública, política e cidadania.

           Nas Redes Sociais e postagens na Internet, constamos uma grande número de abordagens contundentes em críticas,  em que muitos se colocam com meio ou bem como donos da verdade, professores de Deus, sábios, mas que nos atos de sua vida particular, no poder ou exercício de cidadania, se revelam ser incipientes, incoerentes,  de muitas limitações e problemas do gênero, e que “se acham”, e acreditam e não têm humildade de reconhecerem as limitações  no campo do conhecimento e das ciências. E palestras, cursos, encontros temáticos, não valorizam e  quando vão, a regra é quase nem anotações  efetuarem, e na vida pública local o  interesse maior é algum benefício pessoal, que envolva viagens, diárias de 3 a 4 dias na Capital do Estado, Foz do Iguaçu, Brasília ou alguma outra cidade turística, de águas termais ou algum outro atrativo.

           Por essas e outras coisas, é que lamentamos terem acabado com a disciplina de Educação Moral e Cívica-EMC, e que aliado a desconsideração com outros atos de respeito, organização,  disciplina, fizeram e fazem com que a educação como um todo e apesar de facilidades surgidas, transporte escolar, ensinos à distância, financiamentos, internet, está deixando muito a desejar, e na nossa idiossincrasia há muitos estelionatos intelectuais, enganações, “faz de conta” em escolas,  graduações, pós e outros títulos.

           (Francisco Carlos Caldas, advogado,  municipalista e cidadão. E-mail “[email protected]”).

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