O Departamento de Trânsito do Paraná (Detran) chama a atenção dos motoristas para atitudes de proteção às crianças. Segundo indicadores do Sistema Único de Saúde (Datasus), em 2015, o Paraná teve 729 crianças hospitalizadas em decorrência de acidentes de trânsito. Os números deste ano ainda não foram divulgados.
“As crianças não possuem condição de se auto-proteger, ainda dependem dos nossos cuidados e, por isso, a conscientização dos pequeninos depende da colaboração do Estado, dos pais, motoristas, ciclistas e até mesmo dos pedestres adultos”, destaca o diretor-geral do Detran, Marcos Traad.
Especialistas revelam que o ser humano está muito mais vulnerável a lesões até os 14 anos de idade. “Nesta faixa, corremos muito mais riscos devido a dois fatores: função cognitiva e condições anatômicas. A primeira diz respeito a tomada de decisões, ou seja, uma criança ainda não tem o domínio completo que se exige para atravessar uma rua, por exemplo. Já o segundo fator a torna mais suscetível a fraturas e lesões, tanto em atropelamento e como passageira na situação de colisão”, explica a psicóloga especialista em trânsito, Joneia Tawamoto.
Para diminuir os riscos, a participação e orientação dos pais ou responsáveis é fundamental. “Eu tomo muito cuidado ao deixar meu filho brincar na rua, sempre opto por levar ele em parques ou praças, aproveito também para dar algumas orientações básicas sobre o trânsito e cuidados essências”, conta a vendedora Anna Marcelly Padilha, que tem um filho de 12 anos.
Outros fatores envolvendo crianças também devem ser levados em consideração. Confira:
TEMPO DE REAÇÃO – Diferente do adulto, uma criança leva cerca de 4 segundos para distinguir entre um objeto parado e em movimento. Neste caso, para fazer uma travessia correta, o ideal é o responsável sempre segurar a criança pelo punho.
CONCENTRAÇÃO DE ESTÍMULOS – A concentração de estímulos da criança no trânsito é inferior à do adulto, pois ainda está no processo de formação. O Detran recomenda que ao transitar na calçada, o adulto deve caminhar pela calçada paralelo à pista de rolamento e a criança do lado de dentro, protegida.
CAMPO DE VISÃO – O campo de visão de uma criança também é mais limitado, pois ela não possui uma noção exata de distância e velocidade. É dever do adulto identificar locais seguros para jogar futebol, empinar pipa e andar de bicicleta. Como o quintal de casa, os parques, praças e as quadras esportivas, por exemplo.
MEDIDAS PREVENTIVAS – Além da conscientização de todos os agentes do trânsito, é fundamental programas na área de prevenção. Pensando nisso, o Detran iniciou em 2015 o projeto “Conhecendo o Detran e BPTran”.
“A ideia do projeto que acontece todas as terças e quintas é falar sobre segurança e educação aos futuros motoristas. Durante as visitas as crianças aprendem como o transito se organiza, e como funciona os serviços dos órgãos executivos e o papel de cada pessoa para a segurança nas ruas e estradas”, explica a Coordenadora de Programas Educativos para o Trânsito, Juçara Ribeiro.
Com Assessoria de comunicação/Detran/PR