Francisco Carlos Caldas

Importante o legado que nossos pais nos deixavam, de comer o que  nos punham à mesa, de não deixar restos, de usarmos o que podiam nos dar, e herança  disso tudo  a formação de princípios, valores e noções básicas de economia e educação financeira.” (Abelardo Maranhão).

Já abordamos e refletimos sobre desperdícios em crônicas de 06/08/1999, fevereiro de 2003, 6/08/2010 e 6/03/2024, e voltamos ao tema não só por desperdícios que ocorrem na vida pública local e País, mas também na vida particular dos cidadãos.

Temos constatado vazamentos de água tratada da SANEPAR. Nós mesmos fazendo frequentes verificações dos relógios de medições de consumo de água, seguido constatamos vazamentos. Uns por torneiras abertas, outros por canos danificados, outros por vazamentos nessas caixinhas de descarga, que antes tempo era mais duradoras. Hoje,  fabricantes estão fabricando de uma fórmula tal, que pouco tempo de uso, ressaca  uma borrachinha que veda a água, e prejuízos se efetivam. Dias desses num sanitário feito numa barracãozinho que temos, foi constatado vazamento por furo de um cano de parede e que umidade só ser percebia no piso,  e outro vazamento despercebido no vaso sanitário por problemas na caixa de descarga, e faturas vindo em torno de 20 m³ por mês de escritório e apartamento.

Também a prática de crianças e mesmo adultos, restos em pratos de refeições, ou seja desperdício de alimentos na linha olho (zóio) maior que a boca ou estômago como dizia um nosso ancestral.

Na alimentação, refeições por peso/quilo, é uma estratégica e interessante medida de combate a desperdícios,  na linha do “vale quanto pesa”.

Outra coisa  é se deixar energia e aparelhos elétricos ligados, lâmpadas acesas, Faturas de energia, também ocorrem desperdícios, mas consumos exagerados são mais perceptíveis e na prática se efetivam com aquecedores ligados no inverno, banhos demorados. E luz que a gente apaga, não se paga.

Quanto estivemos na nossa última Vereança nos anos de 2013-2016, seguido éramos procurado por gente querendo ajuda por não estarem conseguindo pagar faturas de água e energia, inclusive de consumos elevados, fora de base como se diz, e muitos casos eram de desperdícios por falta de espírito de economia e de educação financeira de consumidores, e vários casos de vazamentos camuflados, não visíveis, e que pessoas só percebiam quando vinha à  fatura.

Para pessoas de baixa renda, de cadastro único, bolsa família, há faturas sociais bem baixas de água e energia, e injustificável inadimplências.

Importante disso tudo, é o CONTROLE DAS COISAS, pois, se percebendo algum problema de consumo exagerado, tem que se fazer o enfrentamento econômico, e acabar ou diminuir sensivelmente desperdícios.

Nossa média de consumo mensal de água:  residencial é  6 m³ e R$52.96; Cantinho da Cidadania 1 m³  e R$164,74 pagando esgoto inviável de usar; de escritório 10 m² e R$110,00.  Energia: residencial, consumo médio 169,42 kwh e R$124,47; do escritório  65 kwh e R$56,00.

E em tudo válido o “faça as contas” como dizia um tal de Diolindo Pereira.

Por ser criado e educado com economia com  racionais condutas e eficiência de  família de classe média baixa, aprendemos a fazer o BOM COMBATE de desperdícios, e uma das receitas é zelar, valorizar as coisas, e até porque “quem não zela do que tem não pode reclamar do que não tem”, e tudo na linha do ser controlado  de um personagem do saudoso Chico Anísio, e não pão-duro, mão de vaca, sovina, ganancioso, ou negatividades do gênero.

(Francisco Carlos Caldas, advogado, municipalista e CIDADÃO).

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