Redação do Portal Fatos do Iguaçu com IBGE


Na manhã desta sexta-feira, 31 de janeiro de 2025, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados que apontam para avanços expressivos no mercado de trabalho brasileiro em 2024. A taxa de desemprego anual foi de 6,6%, o menor índice desde o início da série histórica em 2012. Esse resultado representa uma queda de 1,2 ponto percentual em relação a 2023 (7,8%) e um recuo significativo de 5,2 pontos frente a 2019, quando o desemprego atingia 11,8%. Em comparação a 2012, o recuo foi de 0,8 ponto percentual.

Queda no Número de Desocupados e Recorde de Ocupados

Em 2024, a população desocupada totalizou 7,4 milhões de pessoas, uma redução de 1,1 milhão de pessoas (-13,2%) em relação a 2023. Por outro lado, a população ocupada chegou a 103,3 milhões de trabalhadores, marcando o maior patamar da série histórica e registrando um crescimento de 2,6% em relação ao ano anterior. Desde 2012, houve um aumento de 15,2% no contingente de pessoas ocupadas.

Nível de Ocupação Também Atinge Recorde

O nível de ocupação — que mede o percentual de pessoas ocupadas entre aquelas em idade para trabalhar — foi estimado em 58,6% em 2024, superando o maior registro anterior, de 58,3% em 2013. Em relação a 2023, houve um aumento de 1,0 ponto percentual.

Redução na Subutilização e Informalidade Estável

A taxa composta de subutilização da força de trabalho caiu de 18,0% em 2023 para 16,2% em 2024. Apesar da redução, o contingente de pessoas subutilizadas (19,0 milhões) ainda está 15,4% acima do menor patamar registrado, em 2014 (16,5 milhões). A taxa de informalidade, por sua vez, apresentou leve queda, passando de 39,2% em 2023 para 39,0% em 2024.

Aumentos em Diversos Setores e Destaques Específicos

Entre os setores econômicos, o grupo de Transporte, armazenagem e correio destacou-se com o maior crescimento percentual, aumentando 7,8% em relação a 2023, totalizando 5,9 milhões de ocupados. O setor de Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, por sua vez, teve o maior aumento em números absolutos, somando 19,8 milhões de trabalhadores, alta de 733 mil pessoas (+3,9%).

Por outro lado, os setores de Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura registraram a maior queda no número de ocupados, com redução de 258 mil trabalhadores (-3,2%). O segmento de Serviços domésticos também apresentou retração, caindo 1,4% e totalizando 6,0 milhões de pessoas.

Emprego com Carteira Assinada Cresce

O número de empregados com carteira assinada no setor privado cresceu 2,7%, alcançando 38,7 milhões de pessoas, o maior índice desde 2012. Por outro lado, o contingente de trabalhadores sem carteira assinada também aumentou 6,0%, chegando a 14,2 milhões de pessoas, um salto de 31,1% em relação a 2014.

Rendimentos em Alta

O rendimento real habitual foi estimado em R$ 3.225, com aumento de 3,7% (R$ 115) em comparação a 2023. Em termos acumulados desde 2012, o crescimento foi de 10,1%. A massa de rendimento real habitual também cresceu, atingindo R$ 328,6 bilhões, alta de 6,5% frente ao ano anterior.

Contexto e Importância dos Resultados

Os dados revelam avanços significativos no mercado de trabalho, com redução do desemprego, recorde de ocupação e aumento dos rendimentos. Esses resultados são um reflexo da retomada econômica e mostram uma melhora generalizada em diversos indicadores. Apesar dos avanços, desafios persistem, especialmente no que diz respeito à informalidade e à subutilização da força de trabalho, que ainda atingem parcela significativa da população.

Compartilhe

Veja mais