Por  Claudemir Gulak

Cuide do seu espaço de habitação, de trabalho e de convivência!

A dengue é conhecida no Brasil desde os tempos de colônia. O mosquito Aedes aegypti tem origem africana. Ele chegou ao Brasil junto com os navios negreiros, depois de uma longa viagem de seus ovos dentro dos depósitos de água das embarcações. O primeiro caso da doença foi registrado em 1685, em Recife (PE).

A dengue é caracterizada como sendo uma doença infecciosa febril causada por um vírus. Sua abrangência a configurou como um problema de saúde pública mundial. O vírus é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti que é o principal vetor da doença. Este mosquito está adaptado a se reproduzir nos ambientes domésticos, utilizando-se de água parada contida em reservatórios como caixas d’água, baldes, bacias, garrafas, mas também pode estar presente nos depósitos descartáveis de forma irregular que acumulam água de chuvas, comumente encontrados nos lixos das cidades (TAIUL, 2001). Para Nascimento et al. (2015) as regiões tropicais possuem condições ambientais que favorecem o desenvolvimento e a proliferação do mosquito vetor.

A gravidade da dengue se destaca pela presença dos quatro sorotipos diferentes (1, 2, 3 e 4) que podem causar a Dengue Clássica (DC) e Febre de Dengue Hemorrágica (FDH) e que podem se intensificar na medida em que acomete novos casos (BRASIL, 2002). Todavia, cada vez mais são notificados e confirmados casos oriundos do vetor da dengue. Diante disso, o Brasil destaca-se por apresentar características ideias para o aumento desses agravos, primeiramente por possuir as condições climáticas que favorecem a proliferação e posteriormente pela sua extensão e migração territorial. (https://revistaea.org/artigo.php?idartigo=3380)

A melhor forma de prevenção da dengue é evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, eliminando água armazenada que podem se tornar possíveis criadouros, como em vasos de plantas, lagões de água, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção, e até mesmo em recipientes pequenos, como tampas de garrafas.

No momento, só existe uma vacina contra dengue registrada na Anvisa, que esta disponível na rede privada. Ela é usada em 3 doses no intervalo de 1 ano e só deve ser aplicada, segundo o fabricante, a OMS e a ANVISA, em pessoas que já tiveram pelo menos uma infecção por dengue.

IMPORTANTE: Manter a higiene dos locais e evitar a água parada é a melhor forma, por isso é fundamental e essencial à participação consciente e diária de toda a população.

  • Não deixe água parada, destruindo os locais onde o mosquito nasce e se desenvolve, evita sua procriação.
  • Deixe sempre bem tampados e lave com bucha e sabão as paredes internas de caixas d’água, poços, cacimbas, tambores de água ou tonéis, cisternas, jarras e filtros
  • Não deixe acumular água em pratos de vasos de plantas e xaxins. Coloque areia fina até a borda do pratinho.
  • Plantas que possam acumular água devem ser tratadas com água sanitária na proporção de uma colher de sopa para um litro de água, regando no mínimo, duas vezes por semana. Tire sempre a água acumulada nas folhas.
  • Não junte vasilhas e utensílios que possam acumular água (tampinha de garrafa, casca de ovo, latinha, saquinho plástico de cigarro, embalagem plástica e de vidro, copo descartável etc.) e guarde garrafas vazias de cabeça para baixo.
  • Entregue pneus velhos ao serviço de limpeza urbana, caso precise mantê-los, guarde em local coberto.
  • Deixe a tampa do vaso sanitário sempre fechado. Em banheiros pouco usados, dê descarga pelo menos uma vez por semana.
  • Retire sempre a água acumulada da bandeja externa da geladeira e lave com água e sabão.
  • Sempre que for trocar o garrafão de água mineral, lave bem o suporte no qual a água fica acumulada.
  • Mantenha sempre limpo: lagos, cascatas e espelhos d’água decorativos. Crie peixes nesses locais, eles se alimentam das larvas dos mosquitos
  • Lave e troque a água dos bebedouros de aves e animais no mínimo uma vez por semana.
  • Limpe frequentemente as calhas e a laje das casas, coloque areia nos cacos de vidro no muro que possam acumular água.
  • Mantenha a água da piscina sempre tratada com cloro e limpe-a uma vez por semana. Se não for usá-la, evite cobrir com lonas ou plásticos.
  • Mantenha o quintal limpo, recolhendo o lixo e detritos em volta das casas, limpando os latões e mantendo as lixeiras tampadas. Não jogue lixo em terrenos baldios, construções e praças. Chame a limpeza urbana quando necessário.
  • Permita sempre o acesso do agente de controle de zoonoses em sua residência ou estabelecimento comercial.

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