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Redação Fatos do Iguaçu com Assessoria

O Ministério Público do Paraná, por meio do Núcleo de Francisco Beltrão do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrou na manhã desta quarta-feira, 3 de fevereiro, a Operação Regalia, que apura a prática dos crimes de organização criminosa, peculato, concussão, falsidade ideológica, facilitação à fuga, usurpação de função pública e estelionato, possivelmente cometidos por policiais civis, um agente penitenciário e um preso, todos da delegacia de Polícia Civil de Quedas do Iguaçu, no Centro Sul do estado.

PRESOS

São cumpridos onze mandados de busca e apreensão, seis de prisões preventivas e um de afastamento da função pública. Entre os presos, estão o delegado de polícia civil, um escrivão de polícia, um agente penitenciário e dois investigadores.

As ordens judiciais expedidas pelo Juízo de Quedas do Iguaçu, estão sendo cumpridas nas cidades de Francisco Beltrão, Capitão Leônidas Marques, Quedas do Iguaçu e Cascavel, com o apoio da Corregedoria da Polícia Civil, da 15ª Subdivisão Policial de Cascavel e da Promotoria de Justiça de Quedas do Iguaçu.

COMO ERAM COMETIDOS OS CRIMES


De acordo com a apuração, os policiais investigados, frequentemente na companhia do preso “de confiança” e de um agente penitenciário lotado no local, abordavam agricultores e empresários da região e, ao informá-los de que estariam cometendo crime ambiental, recolhiam madeiras e baterias das máquinas agrícolas. Ao comparecerem na Delegacia de Polícia, as vítimas eram atendidas pelo preso, que ora se passava por fiscal do Ibama, ora por policial civil, exigindo valores em troca da não instauração de investigação ou para a devolução dos bens apreendidos. Todos os atos eram supostamente praticados com a anuência e em benefício dos demais investigados. O preso que atuava no grupo foi requisitado irregularmente de outro presídio a fim de operacionalizar os crimes cometidos pela organização criminosa na região, sendo-lhe confiada, inclusive, uma arma de fogo para uso nas diligências externas.

O mandado de segunda prisão contra o preso “de confiança” não foi cumprido porque o mesmo fugiu há uma semana da referida delegacia. A medida de afastamento foi decretada contra uma investigadora.

Novas vítimas 

Até esta sexta-feira, 5 de fevereiro, novos relatos de pessoas que foram vítimas do grupo criminoso podem ser dirigidos ao Gaeco na Delegacia de Polícia de Quedas do Iguaçu. Após essa data, as denúncias serão recebidas na sede do Gaeco em Francisco Beltrão ou nas Promotorias de Justiça de Quedas do Iguaçu.

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