Foto: Rádio Agência Senado

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A segunda audiência pública sobre a permissão do ensino domiciliar, o chamado homeschooling, na Comissão de Educação, gerou divergências entre os debatedores. Por um lado, defensores afirmaram que é um direito dos pais educarem os filhos da forma que considerarem melhor. Críticos, no entanto, disseram que o homeschooling pode prejudicar o desenvolvimento social das crianças.

O projeto foi aprovado na Câmara dos Deputados em 18 de maio, depois de dez anos em análise. Para a coordenadora-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Andressa Pellanda, o debate sobre educação domiciliar no Brasil precisa ser conduzido com bastante cautela. Segundo ela, a educação domiciliar pode acabar aumentando a desigualdade social e educacional e sua regulamentação não deve ser prioridade no país.

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A gente está vendo desemprego, fome, vulnerabilidade das famílias, casos de violência, abusos físicos, psíquicos, sexuais e a gente tem um orçamento que é insuficiente para garantir o Plano Nacional de Educação, para garantir esse lugar emergencial, para olhar para esse debate. E não é o momento de aprovar uma nova política que vai exigir também orçamento para que seja implementada.

Já a doutora em Educação pela Universidade de São Paulo Ilona Becskeházy defendeu que a educação domiciliar também envolve sociedade, escola e Estado e que há muitas famílias que já fazem ou querem fazer o homeschooling.

E eu acho, sim, discordando dela, que essa é uma prioridade, porque, se as famílias têm esse desejo, os alunos estão se desenvolvendo, e há uma questão aí de que está faltando uma regulação , é sim uma prioridade fazer essa regulação, para que as famílias estejam tranquilas para educar os seus filhos no melhor do seu entendimento, com alguma supervisão sim. E basta nós termos um bom currículo e um bom sistema de avaliação

A Comissão de Educação deve promover mais quatro audiências a respeito da proposta, relatada pelo senador Flávio Arns, do Podemos do Paraná.

Da Rádio Senado, Pedro Pincer


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