poesia

Por Marcos Serpa

Não vacila,

Não vacila Gomercindo,

Que enquanto o “Juvena” esquila

Minha ficha vai caindo

E eu já vou ganhando o pila.

Minha tosa é no capricho

Bem rasteira e não picada,

Tranquilo largo o bicho

Nunca da “oveia” bichada.

Já é quase primavera

Aqui no sul do hemisfério

As “oveias” tão na espera

Assim bradou o Desidério.

Nossa tosa é a moda antiga

No campo e sem amarras,

Bem amostra a barriga

Pra tesoura fazer farra.

No desempenho do oficio

Retoso, tiro velo e garreio,

Pra mim é bem mais que vicio,

Quando pra comparsa me boleio.

Nessa esgrima da vida

Às vezes só com o toco da bainha,

Tosquiando de lida em lida

Na sina que me amadrinha.

Jonascir, esta vai pra ti meu galo.

LUA CHEIA – AGOSTO/2019

 

 

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