Por Valter Israel da Silva e Claudemir Gulak
Diversas cidades do Brasil, como por exemplo, Curitiba (PR), Santo Antônio do Sudoeste (PR), Pranchita (PR), Itu (SP), Salto (SP), São José do Rio Preto (SP), Bauru (SP) e Bagé (RS), passaram recentemente ou ainda passam por um período de rodízio de água. Curitiba está já a mais de um ano nesse processo que certamente influencia na qualidade de vida das pessoas. Mais o que tem causado isso? É algo passageiro ou precisamos nos preocupar? É o que vamos falar um pouco nesse 8ºArtigo da coluna.
A água foi, é e sempre será fundamental para a nossa sobrevivência, porém ela raramente é tratada como algo essencial. Poluição, contaminação de inúmeras maneiras, desperdício, ações antrópicas que tendem a tornar a água algo escasso e cheio de aditivos potencialmente prejudiciais a saúde e, consequentemente, a qualidade de vida. Assim, aumenta-se a proliferação de doenças de várias espécies, tornando-se ainda um problema de saúde pública. Morremos aos poucos quando matamos a água. Nosso próprio meio de sobrevivência.
Numeramos cinco principais causas da crescente crise hídrica que afeta o Paraná, o Brasil e o mundo. Entre elas podemos citar:
- Poluição e degradação das reservas hídricas.
A degradação da nossa água é visível. Destinam-se esgoto industrial e doméstico, agrotóxicos e pesticidas, compostos orgânicos e sintéticos, petróleo, resíduos de diferentes classes, entre outros contaminantes, e depois obrigasse a se utilizar de produtos químicos para tentar recuperar sua qualidade e potabilidade. É possível trabalhar de maneira preventiva, precisamos urgentemente de medidas governamentais, federais, estaduais e municipais, para mostrar a problemática as pessoas e recuperar as áreas degradadas.
- Degradação dos recursos naturais.
Os recursos naturais são de fundamental importância para as sociedades, mas podem esgotar-se caso não sejam utilizados corretamente. Podemos chamar de recursos naturais todos os elementos disponibilizados pela natureza que podem ser utilizados pelas atividades humanas. Eles, na maioria das vezes, não estão sendo utilizados corretamente e isso influencia drasticamente na oferta de água boa.
- Mudanças climáticas.
Ocorrem como consequências das ações humanas desequilibradas. Voltamos à problemática em que cada um, nas pequenas coisas, devemos fazer a nossa parte. E não estamos fazendo.
- Ausência de infraestruturas básicas.
Realmente estão ausentes as tratativas governamentais, nas três esferas, que visem garantir a Constituição Federal no que tange o quesito de que “Todos tem direito a um Meio Ambiente equilibrado” isso engloba as gerações futuras. Por um lado, faltam Políticas Públicas de incentivo, e de outro lado fiscalização adequada. Caminhamos rumo ao abismo, tendo pela frente, se não acordarmos, problemas IRREVERSÍVEIS.
- Consumo crescente e irresponsável.
O aumento no consumo de água no mundo vem contribuindo para a diminuição da disponibilidade dos recursos hídricos, porém é possível, utilizando-se de ações sustentáveis garantir o direito de acesso a esse bem tão necessário e precioso, á todos! Uma alternativa bastante comentada é a questão de poços artesianos, que na visão de muitos estudiosos, apesar de sanar parte do problema, aumenta grandiosamente a possibilidade de contaminação do nosso lençol freático, tornando a contaminação muito mais intensa e tornando a problemática quase que irreversível.
Sabemos que o município de Pinhão não dispõe de um programa ativo que trabalhe o cuidado com a água, desta forma viemos através dessa oportunidade salientar a importância, ENQUANTO HA TEMPO, de se dar maior atenção ao cuidado com a nossa água, sabendo que em nossa volta, muito precisa ser feito, ajustado e recuperado, que iniciemos pela implantação de uma política pública eficaz e permanente, com a recuperação de nascentes e áreas de mananciais, proteções de fonte, confecção de biofossas e fossas sépticas, entre outras medidas que viram trazer melhor qualidade de vida para a população e garantir acesso á uma água potável e de qualidade.
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