Francisco Carlos Caldas

Nos dias  20 e 21 de março de 2025, por dia e meio estivemos com os colegas: Cleber da Silva Amado, Tadeu Luis Komar e Milena Kempf e com o Presidente da Câmara de Pinhão, João Paulo Levinske Mendes, participando de um curso promovido pelo Egrégio Tribunal de Contas do Paraná, na Faculdade Guarapuava, sobre: Início de Mandato: desafios e responsabilidades.

Com já se era de esperar, muitas informações reflexivas, de relevância, principalmente no aspecto de prevenções, planejamento, avaliação de planos, reforma previdenciária, inteligência artificial, o mais com menos,  e enfim  maiores resultados no campo de eficiência e eficácia.

Trazendo os conhecimentos e mensagens recebidas, constamos que no aspecto do que é praticado  por estas plagas, fiquei com a sensação de que aqui estamos na CONTRAMÃO DA HISTÓRIA.

Acompanhando a política de Pinhão desde 1964 quando ainda era criança, por três mandatos de Vereador, um de Vice-Prefeito, e dezenas de ações de CIDADANIA, e de caminhada e jornadas de grandes sacrifícios, escassos recursos de estrutura, de materiais e financeiro, percebo que Pinhão, que de 2005 e 2021 para cá teve crescimento significativo em receitas, emendas parlamentares, e que está meio que nadando em dinheiro, mas no que diz respeito a planejamento, planos plurianuais-PPA, diretrizes orçamentárias e orçamentos,  racionalidade, eficiência e eficácia em gastos deixa muito a desejar e impactante o contrato 234/2024 de R$6.699.666,66.

Tem um lado bom essa abundância: aumento e melhoria em serviços prestados em diversas áreas, mas há ainda, sérias deficiências em prevenções, planejamento, racionalidade, economia, enfim eficiência e eficácia em gastos. A gente sente muita ostentação, esbanjações, desperdícios da linha “pão e circo”, atos “enxuga gelo” em relação a resíduos e estradas, generosidades, benesses com o erário público, anseios de mais maiores vantagens, cargos e mais cargos  na área de pessoal, em  que o Município tinha no final de 1999, 832 funcionários e conta hoje com 1540 cargos ocupados,   85,096…% a mais; a Câmara tinha 6 e agora 29 (aumento de 383,333..%),  quando a população era de 26.869 habitantes e quando fizemos e publicamos uma Radiografia de Pinhão através de Números.  E também sentimos isso quando das tratativas de revisão das leis do Regime  Estatutário, do Plano de Cargos e Salários e do Estatuto do Magistério, e oitiva de  prática de lesivos e danosos desvios de função.

E em 1999, não existia os avanços,  e tecnologia informação/informática-TI, e aparatos como celulares, notebooks, whatsApp, facebook, google.

Em outubro/1997, num Seminário de 3 dias, importantíssimo feito no Parque Coronel Lustosa, para ajustar o Pinhão a realidade do lamentável ocorrido nos de 1993-1996, da maior e mais grave crise política da história de Pinhão, recordamos que foi necessário além de outras medidas duras de corte  e limitações de gastos,  mais de 20 cargos comissionados tiveram que ser exonerados, e por estarmos na época Vereador  de situação, sofremos e tivemos desgastes de sequelas que algumas perduram até os dias de hoje.

Foi ótimo o curso do TCPR, mas como dizia um saudoso amigo, vimos com a cabeça que é um balaio e envolto em dilemas e paradoxos, e fogo cruzado de contradições, entre outras aquela de uma coisa que lemos numa Revista Seleções de muitas décadas atrás: “O funcionário público tem que revestir as qualidades do cavalo do antigo leiteiro: saber sempre onde parar, e não criar problemas importantes”, senão o pau  pega o bicho come, e a corda sempre arrebenta no ponto e lado mais fraco, e ainda que como SERVIDOR e CIDADÃO nunca nos abaixemos a interesses escusos, corrupção, improbidades e males do gênero de quem quer que seja.

(Francisco Carlos Caldas, advogado, municipalista e CIDADÃO).

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