Comemorou-se nesta terça-feira, 22 de Março, o Dia Mundial da Água, mas você sabe qual a origem desta celebração?
A Organização das Nações Unidas (ONU) criou o Dia Mundial da Água em 1992, quando também divulgou um documento importante para o uso e preservação dos recursos hídricos, a Declaração Universal dos Direitos da Água.
Todos compreendem, ou deveriam saber, que o corpo humano é composto por 65% de água. Mais que qualquer outra argumentação em defesa da preservação da água, simplesmente esse fato já deveria nos fazer refletir como a qualidade da água é importante para a vida. Porém a cada dia ela está mais contaminada. E você está cuidando da água que está em sua propriedade?
Preservar as nascentes pode afiançar a ininterrupção do negócio, especialmente em estações de estiagem. Muitos produtores padecem com secas ríspidas, que acabam impactando na produção. Com as nascentes protegidas, é possível solucionar esse problema de uma forma sustentável, econômica e perfeitamente viável.
Na verdade, o que leva uma nascente a secar não é o desmatamento, mas a diminuição da capacidade do solo em infiltrar a água da chuva através da superfície do solo. Essa diminuição tem como uma das causas o desmatamento. A construção de cercas, fechando o espaço da nascente, numa distância (raio) de 30 a 50 metros a partir do olho d’água evita a entrada de animais e, por consequência o pisoteio e a compactação do solo. A conservação do asseio, ou seja a limpeza em volta da cerca para evitar que o fogo, em caso de incêndio, atinja a área de nascente, ajuda na garantia de se manter água boa e em abundância.
Um exemplo qie podemos citar aconteceu no Sítio Paranhas, Alagoas:
Depois de deixar a natureza se recuperar, não desmatando e nem realizando queimadas no entorno da nascente, o agricultor iniciou a construção.
1º passo – Retirar a lama, restos de galhos e folhas de cima da nascente, até chegar na terra firme. Se tiver água represada, tem que abrir uma vala para escoar.
2º passo – Depois de limpar e cavar uma vala, cobrir a nascente com pedras. Por cima, colocar uma camada de argila e cimento para segurar as pedras e encaixar o cano mais grosso, de 100 mm (milímetros) de diâmetro. O cano ficará aberto até o fim do trabalho para que a água possa escoar sem atrapalhar a construção. Quando a proteção estiver pronta, este cano será tampado e utilizado apenas para a limpeza da nascente.
3º passo – Após a instalação do primeiro cano, colocar mais argila e cimento para, só então, colocar o segundo cano, 20 centímetros acima. O segundo cano é o de saída da água para o córrego. Ele pode ter 25, 32 ou 50 mm, dependendo do volume de água.
4º passo – Levantar as paredes, formando uma caixa de pedra. Perto do segundo cano, colocar o terceiro, de 50 mm, que servirá para escoar o excesso de água e evitar o rompimento da parede.
5º passo – Cobrir a caixa de proteção com uma laje feita de pedra, cimento e argila. A cobertura pode ter uma abertura na parte superior, com tampa removível semelhante à de uma caixa de gordura, para facilitar a limpeza. Ou ela pode ser toda fechada, como a de Seu Everaldo, que encaixou um cano de 20 mm na vertical, por onde faz a limpeza da nascente três vezes por ano.
Outra dica é usar um reservatório para guardar e tratar a água destinada ao consumo humano.
Fonte: http://portalsemear.org.br/boaspraticas/recuperacao-e-protecao-de-nascente/
Cuidar da água é essencial para preservar a vida!
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