Por Raphael Costa
Depois de 20 anos sem saber o que é disputar uma Copa do Mundo, o Marrocos está de volta a competição mais importante entre seleções e terá que fazer muito esforço se quiser passar da fase de grupos. Os marroquinos estão no Grupo B, o mesmo de Espanha, Portugal e Irã.
Os desempenhos anteriores da seleção não são dos mais empolgantes para seus torcedores. Ao todo, são quatro participações em Mundiais. A melhor campanha foi em 1986, quando o time árabe passou em primeiro no grupo em que estava, junto com Portugal, Polônia e Inglaterra. No entanto, nas oitavas de final, o sonho marroquino acabou com uma eliminação para a Alemanha Ocidental.
Além de 1986, Marrocos também participou das edições de 1970, 1994 e 1998. Apesar de não ser um gigante no cenário mundial, nem entre os países africanos, os Leões do Atlas tiveram seu momento de glória. Em 1976, a seleção fez história e conquistou o título da Copa Africana das Nações.
A classificação para a Copa de 2018 veio após uma campanha regular. Invicto, mas sem sobrar em seu grupo, Marrocos acumulou três vitórias e três empates na fase classificatória para o Mundial. A seleção conseguiu se classificar no grupo que tinha ainda a tradicional Costa do Marfim, o Gabão e o Mali.
O treinador do Marrocos, o francês Hervé Renard, aposta na mescla entre jogadores que atuam na Europa e na liga local. Nomes como o do jovem lateral Hakimi Achraf, do Real Madrid, um dos destaques da convocação.
É outro defensor, porém, que tem o maior prestígio dentro do plantel marroquino. Trata-se do zagueiro Benatia, (foto) de 31 anos, capitão de sua seleção. Nascido na França, o jogador chegou a atuar pela seleção de base francesa em 2005, mas apenas por uma partida.
Benatia tem como trunfo a rodagem em times de ponta da Europa. Passagens por times como Olympique de Marseille, Roma, Bayern de Munique, fazem do atual zagueiro da Juventus um dos mais experientes do elenco. E é justamente no setor de Benatia que está um dos maiores pontos fortes do Marrocos. A sólida defesa não foi vazada uma vez sequer durante as eliminatórias para a Copa da Rússia.A vida da seleção do Marrocos ficou ainda mais complicada por um problema extra-campo. A Corte Arbitral do Esporte negou a apelação feita pela Federação Marroquina para que o atacante Munir, ex-Barcelona, pudesse defender o país.
O pai do jogador é marroquino e a mãe espanhola. Por ter participado de uma partida pela seleção da Espanha, durante as eliminatórias para a Euro de 2016, a Corte decidiu que Munir não pode defender as cores do Marrocos.
Os marroquinos estreiam na Copa do Mundo no dia 15 de junho, contra o Irã, em São Petersburgo. A bola rola a partir do meio-dia, horário de Brasília.
Fonte: Agência Rádio Mais