Foto: Ilustrativa/reprodução
Segundo especialista, é o momento de ampliar horizontes nas relações sexuais
As profundas mudanças nos aspectos até então comuns da rotina, como as restrições ao contato social, ao trabalho e aos serviços básicos, afetaram diretamente a vida cotidiana. Em especial, a vida sexual. E é aí que entra a criatividade.
Muitos casais se viram confinados com seus parceiros por um período indefinido. “Entramos em contato com incertezas que, até pouco tempo atrás, eram certezas. Isso aumenta o estresse e nos leva a buscar respostas. O resultado pode ser a intensificação de problemas no relacionamento ou a aproximação entre o casal”, afirma dra. Ana Lúcia Cavalcanti, 2° secretária do Comitê Científico de Sexualidade Humana da Associação Paulista de Medicina (APM).
A forma como as pessoas encaram as relações amorosas e sexuais durante a quarentena tem muito a ver com a qualidade da relação antes do isolamento. Casais que já possuíam dificuldades na comunicação podem ter ainda mais conflitos, enquanto outros tendem a aproveitar o momento de adversidade para estreitar os laços. De qualquer forma, o confinamento exige inovação.
Ir além do sexo genital, explorando o erótico, as sensações do corpo, a imaginação e a fantasia são algumas das opções para manter a chama acesa durante a quarentena. Como exemplos, a ginecologista sugere massagens com foco no toque e na experiência física, áudios e filmes eróticos, mensagens sensuais e descritivas, sexo em momentos inesperados do dia e vibradores. “É a hora de permitir novas descobertas de maneira útil e agradável, despertando os sentimentos sexuais”, comenta dra. Ana Lúcia.
E os solteiros?
No caso dos solteiros ou daqueles que não moram com seus parceiros, o envolvimento sexual físico não é recomendado. Isso não significa que não devam estimular o desejo. Algumas alternativas são a erotização, masturbação, uso de sex toys – desde que higienizados com água e sabão –, mensagens sensuais e até sexo virtual. “Ajuda o indivíduo a se sentir conectado, desejado e desejante”, explica dra. Ana Lúcia.
O sexo por telefone, por exemplo, é uma forma de descrever como o corpo reage aos estímulos, para atiçar a excitação e as fantasias pelos sentidos auditivos do(a) parceiro(a). Contos e filmes eróticos também são uma opção.
Os “nudes” são mais uma alternativa, mas exigem condições acordadas com o(a) companheiro(a) e o uso de plataformas criptografadas. “Não é uma prática segura, mas, se mesmo assim desejar fazê-lo, o ideal é que as fotografias não apresentem tatuagens ou marcas identificadoras, bem como sejam tiradas em lugar neutro”, recomenda a especialista.
Transmissão de COVID-19 pelo sexo
Até o momento, não se sabe se as relações sexuais são uma forma de transmissão da COVID-19. A comunidade científica reconhece o contágio por aerossóis expelidos pela boca ou pela coriza nasal, mas estudos incipientes confirmam a detecção do vírus em amostras de fezes, saliva, urina e sêmen. No trato reprodutivo feminino ou fluidos vaginais, no entanto, não foram encontrados vestígios. Como as pesquisas ainda estão em estágio inicial, não é possível afirmar com certeza quanto aos riscos de propagação pelo ato sexual.
“O ideal é evitar exposições desnecessárias, mantendo o distanciamento social. No ato sexual, o conselho é utilizar métodos contraceptivos e evitar beijos na boca”, alerta dra. Ana Lúcia.
Espaço Médico
Sheila Martins é a primeira mulher a assumir a presidência da World Stroke Organization (WSO)
Em julho, Sheila Martins fez história ao se tornar a primeira mulher e representante de um país em desenvolvimento a assumir a presidência da World Stroke Organization (WSO). Ao longo de toda a sua carreira, Sheila dedicou-se a diminuir o impacto do Acidente Cardiovascular Cerebral (AVC) no Brasil, na América Latina e, agora, prepara-se para expandir seu trabalho pelo mundo. Após ser indicada por todos os ex-presidentes da entidade, passar pela votação do board de diretores e concorrer com mais dois candidatos, a neurologista tornou-se presidente eleita de 2020 a 2022 e presidente de 2022 a 2024 da WSO.
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