uma mulher com insônia

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Insônia é a dificuldade de entrar e se manter em estado de sono tranquilo, sem qualquer distúrbio, conforme a didática definição do vice coordenador do Departamento Científico do Sono da Academia Brasileira de Neurologia (ABN), Raimundo Nonato Delgado Rodrigues. Em comum se manifesta em despertar precoce e/ou repouso de baixa qualidade à noite, com desdobramentos prejudiciais à funcionalidade diurna.

Uma investigação por especialista é indispensável para o correto diagnóstico, pois tanto pode ser sintoma ou doença. De forma geral, o passo inicial é se certificar se está associada à ansiedade, à depressão ou outro transtorno mental.

Existe também a possibilidade de ser de origem primária, quando se nasce com ela, ou psicofisiológica: casos em que o próprio cérebro resiste ao dormir, condicionado por hábitos inadequados.

O mais recente estudo do Instituto do Sono, o EpiSono, (2009/2010), tendo amostragem em São Paulo, indica que 38% da população apresenta alguma forma de distúrbio. A mesma pesquisa registra que 32,9% da população sofre de apneia do sono. Constatação surpreendente, de impacto fortíssimo nos processos de avaliação e entendimento, já até então que a prevalência certificada internacionalmente era em torno de 2 a 4% da população.

Aliás, é consenso entre os especialistas de que os transtornos mais comuns são ronco e apneia e síndrome das pernas inquietas; nos adultos jovens e adolescentes. Nas crianças, por outro lado, além da apneia, destaque para parassonias como sonambulismo e terror noturno.

A coordenadora do DC de Sono da ANB, Clélia Franco aponta o aumento de casos de insônia nestes tempos de coronavírus. O fenômeno possui relação estreita com o estresse emocional, físico, familiar, profissional e social associado à pandemia gera estado ansioso e hiperalerta, mecanismo precipitante e perpetuador da insônia.

São decorrências da má higiene do sono doenças cardiovascular, cerebrovascular, demências, autoimunes, síndrome metabólica e diabetes, transtornos do humor, envelhecimento precoce e neoplasias.

Autonomia com responsabilidade

Respeito ao médico e à prática de alto nível da Medicina. A Associação Médica Brasileira (AMB), pontua sempre o presidente César Eduardo Fernandes, defende a autonomia dos médicos mas lembra que a mesma deva se pautar por evidências científicas que demostrem cabalmente a sua eficácia e segurança. Tudo isso em absoluta sintonia com a responsabilidade que deve, obrigatoriamente, acompanhar todo ato médico.

Um bom exemplo dessa posição é a incansável defesa que a AMB tem feito quanto à autonomia do médico no âmbito da telemedicina para considerar como válida ou não, segundo sua própria avaliação, a primeira consulta feita por meio de plataformas digitais. Se avaliar que a primeira consulta se dará com segurança e qualidade, respeitando as diretrizes da melhor Medicina do Código de Ética Médica, perfeito. Caso prefira o contato inicial presencial, também está perfeito. Desde que haja concordância do paciente, em quaisquer definições. A relação médico-paciente é a base da boa assistência quando associada às evidências científicas vigentes. Isto sim é a verdadeira autonomia do médico.

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