O trabalho de Iniciação à Pesquisa provocou mudanças nas alunas e professora
Por Nara Coelho | Foto: Arquivo Pessoal Kemilly:
A VI Feira de Inovação das Ciências e Engenharias – FICIENCIAS, aconteceu em Foz do Iguaçu de 7 a 10 de novembro, um espaço para estudantes contribuirem com o conhecimento e a evolução no mundo das ciências, além de ser um local de integração e troca de experiências, aproximando estudantes e professores de Ensino Fundamental, Médio e Universitário do Brasil, Argentina e Paraguai. No Brasil, 1100 trabalhos foram inscritos e 100 selecionados Entre esses estudantes, as alunas do 2º ano do Ensino Médio, Ana Flávia Santana de Carvalho, Kemilly de Lima e Fabíola de Moraes (foto) do Colégio Estadual Michel G.P.A Reydam, de Reserva do Iguaçu, acompanhadas da professora Ana Paula dos Santos de Biologia e o professor Cleverson Pontes, que atua na disciplina de Química. Voltaram da FICIENCIAS com o 3º lugar na categoria Alimentação.
As alunas aceitaram o convite do professor Cleverson para desenvolver em contra horário escolar um projeto de Iniciação à Pesquisa e decidiram pesquisar um agro ecológico com base no eucalipto que combatesse a praga do milho. “Como na nossa região temos muitos pequenos produtores e eles encontram dificuldade com as pragas no milho, resolvemos desenvolver um agro ecológico que não fizesse mal ao produtor e à natureza e que o custo fosse barato. Pensamos no eucalipto por ter muito na região”, contaram as alunas. A professora Ana Paula foi uma orientadora auxiliar do trabalho. “Eu sempre trabalhei nesse colégio e já conhecia as alunas, como o professor Cleverson, infelizmente, trabalha em mais de uma escola e não podia estar sempre aqui e a pesquisa delas tem um envolvimento grande em Biologia, elas me procuraram para ajudar, o que aceitei de pronto e foi uma experiência maravilhosa”, explicou.
O trabalho não mexeu só com as alunas, mas também com ela. “Essa proposta da iniciação cientifica mexeu com o colégio, eu, por exemplo, sempre morei em Reserva do Iguaçu, que é pequena, faz tempo que terminei a faculdade e não busquei outros caminhos, me fechei, moro, trabalho aqui e fiquei nesse mundinho, então, tanto para elas, como para mim, foi uma descoberta, um abrir de horizontes, inclusive os outros alunos têm nos procurado mostrando interesse no trabalho, isso é abrir um mundo novo para todos”, disse a professora.
As alunas relataram com os olhos brilhando que a experiência de realizar a pesquisa e ir participar da Feira foi maravilhosa e que elas nem pensavam em estar entre os classificados.
“Nós fomos para viver a experiência, buscar mais conhecimentos, inclusive, quando nos disseram que tínhamos ficado entre os três primeiros, a gente não acreditou. Mas foi tudo muito incrível, descobrimos que somos capazes de muitas coisas, conhecemos novas pessoas, outras culturas. A pesquisa ajudou-nos como alunas, mostrou-nos novos conhecimentos, independente de termos ganho o trabalho em si, vale muito a pena, hiper recomendamos aos colegas que participem ano que vem”.
AGRADECIMENTO
A professora explicou que ao receber a noticia que o trabalho havia sido classificado para ir para a Feira, o Colégio passou a ter um problema – a Itaipu dava aos alunos e professores apenas a hospedagem e café da manhã, as demais despesas, era por conta do Colégio, pois o Estado não contribuiria com nada e quem garantiu a ida a Foz de Iguaçu foi a prefeitura. ”Tivemos a boa surpresa da prefeitura nos fornecer o transporte para a viagem e arcou com as despesas de alimentação, a escola contribuiu, mas o valor foi pequeno, quem de fato garantiu a nossa ida foi a prefeitura e agradecemos muito por eles terem nos permitido levar as alunas a viverem essa maravilhosa experiência”.