Mais uma crônica de Francisco Carlos Caldas

       Do isolamento em casa e escritório iniciado em 23/03/2020, por causa da pandemia do coronavírus causador do COVID-19,  tivemos aumento de peso.

       Na tarde do dia 8/8/20, reiniciamos pedaladas de Biki. Muito bom, andar com a neta em cadeirinha, como se estivesse no colo, conversando com a mesma, e ouvindo suas historinhas e cantorias, e almejo daqui uns tempos ela se envolver com o ciclismo e outras saudáveis práticas esportivas.

      No dia 9/8/20, um passeio ciclístico de 35 kms pela estrada da Limeira, com parentes e amigos. E entre pedaladas e embaladas, narrativas sobre a vida de antigos proprietários rurais da região e seus descendentes. Entre outros, Dinis Dôliveira, Anibal Prestes da Rocha, Pedro Caldas da Silveira, Atilio Chaves Ferreira, Erondi Ferreira Caldas (Mossico), Trifon e Mario Hanysz, Erich Remmelinger.

       Fomos um pouco além da Igreja de da Limeira, e nos deparamos com estrada de primeira, cortada e com cascalhos em pontos estratégicos, na linha de projeto que elaboramos no início da década de 1990, de feitura e conservação de estradas com base em um Mapa Rodoviário Municipal. De início, comentamos, efeito ano eleitoral, e depois em conversa com funcionário de sucessor de Erich Remelinger, o informe, de que quase tudo para não dizer tudo feito pelos proprietários de lá.

       Na estrada da Limeira, tirado fotos do local, onde o farmacêutico Trifon Hanyz, que dá o nome a mais importante  e central rua da cidade de Pinhão, teve moradia, e onde atuava na recuperação da saúde de enfermos, e que dizem que até algumas cirurgias fazia. Enfim, um estrangeiro (alemão) que que ali se instalou e foi um ser muito importante da nossa história.

      No dia 07/09/20, feito passeio ciclístico da cidade de Pinhão até Butiá, em Reserva do Iguaçu, e trecho de 52 kms, via Santa Cruz, São Sebastião, e lá um convescote na sombra de árvores, para repor calorias consumidas, e retorno de carro, e até porque ninguém é de ferro ou atleta. Pedaladas em homenagem à Pátria, ao “corpítio” e a saúde.

       Está sendo programado uma pedalada pelo trecho da  estrada do Sábia, antigo e principal caminho para deslocamento até a BR-270 e Guarapuava. É um pouco da volta ao passado. Como foi o percurso da estrada da Limeira, que era o antigo caminho para Guarapuava, em que carroções de 6 cavalos traziam mercadoria de Ponta Grossa para o comércio de nosso avô materno Francisco Alexandre Dellê, em que até uma vez Balsa rodou, mercadoria foi pro fundo do Rio Jordão, e ajuda de mergulhadoras. Trechos percorridos pelos nossos ancestrais, a cavalo, de charrete, de pé-de-bode, e alguns em que meu finado sogro levava suínos tocado para Ponta Grossa.

       É nessa linha, que estamos retomando atividades físicas, saindo aos poucos de isolamento vertical enfrentado e que sacrificou muitos.

       O ciclismo que vive um bom momento no País  e em nosso meio, se for incrementado com atividade cultural, fica muito mais atraente, interessante e emocionante.

       Francisco Carlos Caldas, advogado,  municipalista e cidadão.      E-mail “[email protected]”. 

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