Francisco Carlos Caldas

Mesmo pessoas que não tenham muitas atividades,  passam por perrengues, estresses por falhas na organização e guarda de chaves.

Este munícipe, de poucas atividades, se bate com chaveiros nos seus espaços físicos, inclusive cinta, e seguido não consegue entrar onde queria, e tem que refazer caminhadas.

E tem um acervo de chaves de fechaduras desativadas, e outras que se perderam os locais de utilização.

É duro viver num País de sérios problemas de natureza social e educacional, onde qualquer descuido ou facilidade, meliantes agem.

A residência deste quase nunca fica sem gente principalmente à noite, e uma vez que ficou por algumas horas, um energúmeno do seu interior furtou uma TV e uma pala.  A gente sabe que fez o furto,  mas o caso ficou impune  por o mesmo não ter sido autuado em flagrante e não termos como provar. Em 2020, de dia, num outro descuido, dois meliantes furtaram um notebook, dinheiro, e não  levaram mais coisas por alguém ter chegado na hora do crime. Esses apesar de com caras limpas, até hoje não foi descoberto autoria, e devem estar circulando por aí “de boa” como se diz.

Furtos e roubos, não é só o prejuízo econômico que mexe com a gente, mas a indignação que causa, e tem coisas furtadas que o transtornos e estresses gerados são maiores que a  perda material.

Na área rural que temos atividades e apesar de coisas na chave, presença de gente cuidando, vigilância, já ocorreram furtos. Em Reserva do Iguaçu, há ladrões de gado (abigeatários). E na prática, a maioria dos casos as vítimas sabem quem são os meliantes, mas não pegando em flagrante e não tendo outras provas, até porque há omissões e falta de cidadania que favorecem a criminalidade e impunidade.

A presente reflexão me fez lembrar de uma fala do professor e historiador Leandro Karnal, que narrou a história de uma colega dele, que esqueceu uma sacola com coisas de valores num trem no Japão, e ficou apavorada, e alguém lhe acalmou: o Trem volta! E voltou, e lá estava a sacola no banco, do jeito que ela havia deixado. Inveja da cultura japonesa, nesse e outros aspectos, como organização, evolução tecnológica  e outros atributos que proporcionam condições de uma Terra cheia de problemas, privações, falta de riquezas naturais,  e são o que são. A  terceira potência do Mundo. E nóis, um País, podre de rico  e rico de podres.

Nesta crônica, a nossa homenagem, ao chaveiro João Pedro Rocha, que é o nosso Anjo da Guarda e de muita gente. Dia desses, tive vendo no seu espaço de trabalho, o montão de chaves de fechaduras desativadas, que Escolas, estabelecimentos e pessoas lhe repassam.

Seguido levamos susto quando procuramos e não encontramos chaves, e controle de portão eletrônico que só temos um e é uma peça desconfortável de guardar e ter na cinta.

E os cadeados que ainda existem em algumas estradas. Dias desses, num sábado não pudemos passar por um trecho de estrada que liga a cidade de Reserva do Iguaçu ao Butiá, via Fiat Luz.  Ficamos chateado, aborrecido. Guardião tinha controle do portão de sua casa, e não liberou passagem, porque tinha ordens a obedecer de patrão. Isso nos fez lembrar os tempos de portão, em algumas estradas nos tempos do poderio na empresa Indústrias João José Zattar, e que me inspirou a fazer o meu primeiro discurso político veemente  e impactante, no ano de 1982, na antiga sede do Clube União e Progresso de Pinhão.

Ao lado de chavaradas, trancas, taramelas, tem-se hoje câmaras de monitoramento público e privado, mas mesmo assim meliantes atuam, que o diga um vídeo e desabafo recente do meu parente e ex-professor de química orgânica dos tempos de 2º. grau em Guarapuava, no início da década de 70, ou seja, professor Chiquinho (Francisco da Silva Lima), que narrou a morte de um vaca e bezerro, na propriedade da família, no imóvel Dois Irmãos, próximo a localidade de Santa Terezinha, em Pinhão-Pr., em que alguém fez a barbárie, não para comer a carne, matar fome, mas nunca espécie de retaliação, vingança, por ele ter cães e câmeras de monitoramento para tentar se defender de ladrões, vândalos, meliantes.

E hoje estamos aí a sofrer com GRITOS E ANSEIOS DE LIBERDADE, e as restrições, transtornos que cadeados, fechaduras e chavaradas, nos causam.

Francisco Carlos Caldas, advogado, municipalista e cidadão.

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