O reservense Leandro Souza de Lima está esperançoso. Se não tivesse iniciado o tratamento com células tronco já estaria acamado devido à Distrofia Muscular, do tipo Duchenne. A doença hereditária é causada por um gene defeituoso que causa fraqueza muscular, que piora rapidamente. Tal distrofia ocorre em 1 a cada 3.600 meninos.

Como agora em julho Leandro completou 17 anos, é uma corrida contra o tempo. A única esperança deste jovem reservense é a aplicação de células tronco, que infelizmente não existe ainda no Brasil. O tratamento é encontrado em um hospital na Tailândia e, mais recentemente, em uma clínica na cidade de Hernandarias, no Paraguai.

Graças ao bom coração de muitas pessoas, conseguiram juntar R$ 136 mil e começar as aplicações. Há alguns meses ele está em um tratamento contínuo no Paraguai. Como uma vez por mês precisa ir para lá, o dinheiro foi acabando, o hospital é particular e as despesas com viagem e estadia são caros. A última aplicação que fez foi graças a um torneio de truco e o empréstimo de mil reais que o pai fez.

Todo o sacrifício já teve resultados. Segundo o fisioterapeuta Ronerson Epifanio Oliveira, que trabalha na Apae e acompanha há anos Leandro, como começou muito tarde, já com 16 anos, a quantidade de aplicações é indeterminada, é preciso de um tratamento contínuo.

“A tendência é ir ao Paraguai várias vezes, foi o que o médico mandou um e-mail explicando. E não é como as pessoas pensam, que ele vai sair da cadeira e sair andando. O que notamos é que está mais animado e forte. E o importante é que algumas funções vão retornando e o aumento da sobre vida, conseguir mais tempo estabilizando a doença. O tratamento é igual do câncer, existe a chance de cura e de não. Como o problema é genético, está lá no gene. Mas a expectativa de melhora é grande. A família está muito feliz com a evolução. E o Leandro era um menino que sempre estava chateado e hoje está animado, bem mais esperançoso com tudo”, afirma.

DINHEIRO

Pag. 04 - LeandroLeandro recebeu ajuda de muitas pessoas que se empenharam em sorteios, torneios, jantares para arrecadar dinheiro. A Prefeitura de Reserva do Iguaçu entrou com um bom valor e até ganharam um terreno do senhor Ariel. “Muita gente se empenhou e ajudou, mas o dinheiro foi acabando a cada ida para o Paraguai. Agora estão na fase bem crítica, sem dinheiro para continuar o tratamento. O terreno doado, o pai do Leandro não conseguiu vender e trocou por um Gol, agora precisa vender por 10 mil para poder continuar com o tratamento do filho”, conta o fisioterapeuta.

E a campanha continua, quem quiser e puder ajudar para que o jovem tenha esperança de cura, qualquer valor pode ajudar muito. Doações podem ser realizadas na conta do Banco do Brasil: Leandro Souza Lima, agência 8277-5, poupança 829-x.

Quem quiser entrar em contato com o jovem e sua família pode ligar no (42) 8869-2670 ou 8851-3163, ou, ainda pelo e-mail: [email protected]. Para fazer uma visita ao garoto, pode seguir até a Quadra 03, lote 14, na Vila Rural de Reserva do Iguaçu. Ou ainda, entrar em contato com os parceiros: Apae Reserva do Iguaçu (3675 1377), com o assistente social Edimar Sbalcheiro (8847-7259), a fonoaudióloga Ana Luiza (8402-3480), o fisioterapeuta Ronerson Epifanio Oliveira (9901-3797), a terapeuta ocupacional Ana Rosa (9816-8556) e a psicóloga Andréia (8806-2008).

O CASO

O reservense Leandro Souza de Lima aos nove anos tinha muita dificuldade para andar e caía muito e, com o passar do tempo, passou a ter dificuldades até para subir pequenas escadas. Foi quando recebeu o diagnóstico de Distrofia Muscular, do tipo Duchenne.

O fisioterapeuta Ronerson Epifanio Oliveira explica que a doença desenvolve apenas no sexo masculino. A doença é identificada através de exame de sangue e de uma biópsia muscular. A panturrilha apresenta um falso volume, que é a pseudo hipertrofia, onde a gordura começa a substituir as fibras musculares, e a criança com o tempo começa a perder os movimentos”.

A Duchenne não tem cura, porque é uma doença ligada ao DNA da pessoa portadora. O fisioterapeuta conta que a partir dos 5 anos de idade os músculos vão atrofiando até chegar nos últimos, diafragma e coração, que é quando o portador entra em óbito.

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