Mais uma crônica de Francisco Carlos Caldas

        Em 8/12/2018, houve encontro dos GONÇALVES em Pinhão, descendentes de João Gonçalves (ex-Prefeito de Pinhão de 5/4/84 a 1988) e Felicidade Dellê (tia Dade, irmã de Francisco Dellê).  Nos dias 20-21/07/2019, está programado um encontro dos CALDAS DA SILVA (sucessores de Estevam da Silveira Caldas, Ana Caldas da Silva e João Lino da Silva), e no dia 12/10/2019 está sendo programado o encontro da FAMÍLIA DELLÊ (sucessores de Luiz Dellê, Francisco Alexandre Dellê).

        Nessa linha de nostalgia, saudosismo, preocupações com memórias, busca de fotos e documentos antigos, história e o passado, que é um dos tripés do tempo e de seres, ao fazer uma visita à antiga moradia de ancestrais em Dois Pinheiros,  no meio de um catecismo da década de 1930, e como que assistindo uma espécie de filme que passa na cabeça da gente, quando de envolvimento com esse tipo de situação e passado, encontramos uma carta poética datada de 1º. de fevereiro de 1920, subscrita por Luiz Estevão Caldas, que  faleceu moço e foi o primogênito dos  filhos de Estevam da Silveira  Caldas e Francisco de Oliveira Lima Caldas, que foram em número de 10 (dez): Luiz, Amazonas, Pedro, Ana, Elvira, Maria, Francisca, Carlota, Hipólita e Eugênio. Eis a carta poética encontrada:

       “Tudo no mundo se acaba;  O tempo em tudo dá fim;

        Só lembrança do seu nome; Não se acaba para mim.

        Como é bela a união; Que liga os corações;

        Nem barbante nem corda; Nem cadeias e nem prisões.

        E onde vai meu cravo; Sozinho sem mais ninguém;

        Vou pagar uma lisonja; De quem deve que me queira bem.

       Se eu tivesse papel de ouro; Comprava pena de prata;

       Apurava meu sentido; Te escrevia uma carta;

       Esta carta vai sem portador; Remetido a quem quero bem;

       Tem crime de mão cartada; Se nela bulir alguém.”

        O escrito acima, remeteu também a nossa memória ao sarau dos escritores ocorrido no dia  27 de abril de 2019, no CTG Pala Gaudério de Pinhão, promovido pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Pinhão, do projeto “Eu Leio”, e que esteve na linha de frente a professora Neusa Maria Amaral de Camargo, neta do professor José Silvério de Camargo, um dos muito lembrado no sarau.  Evento esse que Nara Coelho, Diretora do Jornal “Fatos do Iguaçu”, na edição nº.  893 de 03/05/19, fez  relato de emoções e abordagem como “Uma noite que entrou na história”.

       Poesia não é o nosso forte, e até hoje escrevemos duas: “O gatinho amarelinho” e “Gaúcho e Pinhãoense de Verdade”, mas também apreciamos os feitos na área, e entre outros temos um xodó, pelo “Círculo Vicioso”, do genial Machado de Assis.  

       (Francisco Carlos Caldas, advogado,  municipalista e cidadão)

 

 

Compartilhe

Veja mais