Não é sobre jornalismo

Estar circulando ininterruptamente há 20 anos, fazendo as noticias chegarem até os leitores seja em seus lares, locais de trabalho ou nas bancas semanalmente é  demonstrar respeito ao leitor e profissionalismo, porém, só isso não é a representação de um jornalismo sério e comprometido. Registrar as vitórias, conquistas, tristezas e decepções de dois municípios é desenvolver um trabalho responsável. Buscar um trabalho voltado para a formação da opinião pública é compromisso social. Apesar de tudo isso compor os elementos essenciais ao desenvolvimento de um jornalismo que demonstra respeitar as várias visões e vertentes existentes em uma sociedade, não podemos dizer que todos esses elementos resumem o que é jornalismo. Jornalismo vai além de registrar os fatos de uma comunidade, tem que ser espaço de discussão dos problemas e necessidades da sociedade, a qual se predispôs a registrar seus fatos, feitos e acontecimentos. Tem que ser espaço de expressão dos indivíduos, das organizações sociais e políticas. Mas, acima de tudo, ele tem que se envolver com as questões sociais, tem que participar e ser agente social inclusive de transformação. Para isso é preciso que esse jornalismo vá além de registrar fatos e acontecimentos, é importante que ele promova discussões, coloque temas delicados em pauta, que crie espaço para dar vez e voz àqueles que estão invisíveis na sociedade. Mas para nós, do Fatos do Iguaçu, a nossa ação e intervenção na sociedade está além do jornalismo. Nosso compromisso não é meramente profissional, mas muito mais social. Pensando dessa forma, o Fatos do Iguaçu há algum tempo tem o Projeto Leitura em Ação, voltado para a educação, pois compreendemos que educar as crianças e os jovens é construir um futuro melhor para todos. A essência desse projeto é trabalhar, estimular a leitura e a reflexão, o gosto pelo escrever e o expressar dos pensamentos das crianças e jovens. E sabendo que a realidade do interior é muito mais complicada e a dificuldade ao acesso as mídias é maior que na área urbana, estaremos indo de encontro às crianças e jovens do interior, levando-lhes o Fatos do Iguaçu para ser mais que um instrumento de leitura, ser um elemento que suscita a discussão do que é pertinente e pertencente a sua vida. Claro que tudo isso só é possível graças à parceria com a secretaria de educação, professoras, professores, diretoras e pedagogas que atuam nas escolas do campo e que abrem as portas para o Fatos do Iguaçu entrar nas escolas. São eles que transformam em um instrumento pedagógico. A idéia é nossa, mas o trabalho e os louros são todos deles e desde já deixamos o nosso muito obrigado!

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