EDITORIAL

É questão de escolha de … Decisão

Nessa edição temos duas reportagens com viés bem diferentes, mas que na realidade tem o mesmo tema. Uma é a decisão do senhor Josiel dos Santos, que decidiu transformar um terreno baldio próximo à sua casa em uma horta orgânica, tirando assim o lixo de perto da sua residência, já que as pessoas insistem em se livrar do seu lixo da forma mais simples, jogando nos quintais e terrenos dos outros. Ao mesmo tempo que produz alimentos de qualidade para sua família e amigos como ele mesmo conta.

O senhor Josiel não ficou se preocupando se ele ia estar resolvendo problema que era da competência do poder público ou que era de quem absurdamente joga o lixo no quintal alheio sem se preocupar com as consequências. Ele foi lá e fez, resolveu, colocou o bem comum acima da irresponsabilidade ou ignorância alheia.

O Pinhão agora tem o Pinhão Atlético Clube de Futsal, que tem a parceria do município, porém é uma entidade que reúne os apaixonados por futsal, que decidiram organizar um time para disputar a Taça Bronze do Paraná. Pessoas com visões de vida e até de politica diferentes, mas com um objetivo comum tem dedicado seu tempo e até recursos financeiros para ver uma seleção de futsal do município jogando a nível estadual.

Bem, aqui mais uma vez vem comprovar a velha fórmula que a união faz a força. As duas reportagens tem algo em comum, a tomada de decisão de realizar, de fazer, priorizando não o interesse pessoal, mas o coletivo, porém, foi necessário que o indivíduo, o sujeito saísse da sua zona de conforto e decidisse fazer diferente em vez de ficar de braços cruzados, ou pior ainda, só criticando.

Essas duas situações mostram que a mudança e a transformação, sociais ou políticas não está e nem nunca esteve nas mãos dos políticos, mas na de cada indivíduo, munícipe, que a escolha é sempre livre, o da mera acomodação e apontar de falhas ou do agir, do fazer. Não se está em hipótese alguma dizendo que é simples ou fácil, que se faz da noite para o dia. Não! Porém, o primeiro passo é a decisão da escolha pela mudança. Pois exige trocar hábitos e jogar fora o famoso jeitinho brasileiro.

Para a sociedade reduzir drasticamente a corrupção é preciso que as pessoas não estacionem na vaga dos idosos ou pessoas com deficiência. Não furem fila ou passem a conversa no guarda para não pagar a multa, ou coisa pior, suborná-lo. Olhe para um problema e em vez de ficar buscando os culpados ou de quem é a responsabilidade, se perguntar: o que posso fazer para ajudar a resolver?

A caminhada é longa, porém, exemplos como do seu Josiel, que não é único e nem tão raro assim que enche a vida de esperança e da certeza que vale a pena acreditar na humanidade.

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