Editorial

Acompanhar… Observar é fundamental

O tabuleiro não para, a todo momento acontece uma nova jogada. Peões se tornam destaque, reis se tornam humildes. As peças se mexem rápidas. Primeiro as jogadas são discretas, pode-se dizer que quase secretas, mas, de repente elas passam a ser ostensivas e o mais visível possível.  Nesses vinte e setes dias que faltam para que peões escolham o lado que ficarão no tabuleiro, muitas coisas podem acontecer. Inclusive a surpresa de ver jogadores que se diziam independentes, que estavam buscando novas formas de jogar, realizarem jogadas velhas e arcaicas, inclusive desistirem de ser reis para se tornarem soldados dos reis já postos e muito criticados por todos, inclusive por esses peões. Mas vamos falar sério amigo leitor, não há surpresa nisso. Porque até mesmo para o espectador mais distraído é visível que os brados e posicionamentos realizados no inicio da montagem do tabuleiro era mera encenação, valorização do passe. Rainhas têm ganhado destaque, estão em alta nesse momento da organização do tabuleiro. Resta saber se é pelo real reconhecimento de suas possibilidades ou mera jogada para impressionar os espectadores, que em breve serão as peças mais cobiçadas do jogo. Isso mesmo, hoje na montagem do tabuleiro das eleições municipais, os munícipes, na sua grande maioria, são espectadores que podem e devem apenas observar como o tabuleiro vai se organizando, quem vai para que lado e principalmente porque vai para esse ou aquele time. È fundamental que todos acompanhem e bem de perto essa montagem do tabuleiro, pois afinal a massa da população é que no final decide quem vencerá o pleito eleitoral.  Por isso, caro leitor, é tão essencial acompanhar cada mexida no tabuleiro, cada formação dos times, porque a forma e as razões que cada grupo vai se aglutinando e se formando, já é um bom indicio de como irão governar, conduzir o município. E a decisão e as conseqüências dessa decisão é da responsabilidade de cada um ao escolher a quem dará o seu voto, inclusive dos que decidirem anular o voto. E jamais esquecer que para haver políticos corruptos é imprescindível que estes encontrem eleitores corruptíveis.  Logo, no fritar dos ovos, quem vai de fato transformar a política e moralizá-la, não são as reformas políticas, porque essas são instrumentos que só se tornaram úteis e funcionais se o eleitor for responsável, comprometido com o bem comum e muito consciente do seu papel nesse jogo, que é decisivo.

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