Francisco Carlos Caldas

Uma das coisas boas e construtivas que fizemos em janeiro/2022, foi assistir e ouvir vídeos do historiador gaúcho Eduardo Bueno. E também uns produzidos pela jornalista e psicanalista niteroiense Izabelle Valladares. Para quem gosta de História foi e é melhor do que viagem,  praia, cruzeiro. Dentro de casa, viajamos pelo Brasil e reafirmado entendimento de que  história e política estão interligados.

De forma descontraída, com bom humor e jeito impactante, nos recordamos e aprendemos  principalmente muitas coisas da História do Brasil, e não nos cansamos de ouvi-lo. Não foi à-toa que fizemos o curso de História na UNICENTRO nos anos de 1993-1996, e nos envolvemos com a história de Pinhão, e nos inserimos nela ora em atos ora em narrativas do que aqui acontece, e até como testemunho de algumas coisas, pois somos nascidos em 1955, 9 anos antes de Pinhão virar Município.

Temos ojeriza, horror, quando ouvimos nos meios políticos, gente que já foi ou quer ser alguma coisa na ordem do dia dizer: no veículo da minha caminhada, tem para-brisa, futuro, visão do prá frente, não retrovisor (passado). Na nossa idiossincrasia quem tem essa mentalidade, de desprezar tripés, entre os quais do tempo: passado, presente e futuro, tem que ser basculado, varrido, sepultado da vida pública, pois, ou têm passado feio que têm vergonha, ou são uns em noção, sem condições de atos de gestão e nocivos as causas públicas e interesses de bem comum.

Voltando ao canal e vídeos de Eduardo Bueno, ele nos parece que faz suas narrativas, calcadas no princípio da impessoalidade e valorizando princípios e ideias, e com irreverência não adula ninguém que tenha feito coisas feias e ímprobas, quer seja de direita quer seja de esquerda, deste ou daquele partido político.

Percebi que ele teve e tem simpatias, por ações e ideias de D .Pedro II, Princesa Izabel, Marechal Cândido Rondon, Marechal Teixeira Lott, JK, Barão do Rio Branco, André Rebouças, Antônio Bento, Luis da Gama, Silva Jardim, Marighella, só para um início de contextualização.

Ele prega a importância de se conhecer a história, que é cíclica,  e que deveria ser melhor aproveitada para não se repetir ou diminuir  erros.

Entre outras e só para dar uma ideia, ouvimos narrativa sobre Pedro Borges, que na época do Império foi nomeado Corregedor/Ouvidor  Geral, espécie de nosso 1º. Ministro da Justiça, e que era um ficha suja e que aqui se esbaldou em atos não recomendáveis; de Pero Fernandes Sardinha, nosso primeiro Bispo, que se desviou de boas práticas religiosas, e quis virar celebridade e beneficiário de privilégios e mordomias  e foi até comido por índios antropófagos.

O que Eduardo Bueno, narra, leva a gente a profundas reflexões. E em muitas coisas, bate com o que há quatro décadas pregamos em Pinhão. Valorizar o que eficaz e eficientemente precisa ser valorizado, princípios, ideias e projetos bons, mais ou menos na linha do projeto República Pinhão que Queremos-REPIQUE, ou do pregado na crônica intitulada “Não vote em mim”, publicadas nas edições de 7/12/2018 e 24/05/2021, respectivamente do Jornal “Fatos do Iguaçu” e que foram  e estão nas nuvens.

Ideias se combate com ideias e ações de cidadania e cada um fazendo a parte que lhe compete, e em cima de virtudes, conhecimento, um mínimo de coerência, para não se cair no ridículo do “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”, que tantos estragos tem feito a Pinhão e País. E quão ridículo são alianças políticas, entre pessoas que já se fizeram acusações mútuas de incompetências, ladroagem, ilícitos e improbidades, como um caso ocorrido nas últimas eleições municipais de Pinhão em 2020, e o namoro que está ocorrendo entre o PT e PSDB (turma do Lula e FHC) a nível Nacional.

            (Francisco Carlos Caldas, advogado, municipalista e cidadão) –

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