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Redação Portal Fatos do Iguaçu com GMais Noticias


A Azul Linhas Aéreas confirmou, nesta quarta-feira (2), que encerrará suas operações no Aeroporto Tancredo Thomaz de Faria, em Guarapuava, a partir do dia 1º de setembro de 2025. A informação foi repassada com exclusividade ao portal Gmais Notícias e representa um impacto significativo para a mobilidade e o desenvolvimento regional do Centro-Sul do Paraná.

Em nota oficial, a companhia justificou a decisão com base em aumento dos custos operacionais, escassez de aeronaves e necessidade de ajuste entre oferta e demanda. Apesar do tom técnico da explicação, a suspensão dos voos comerciais, em especial da linha Guarapuava–Curitiba, levanta preocupações quanto ao retrocesso logístico e econômico para a região.

Consequências para o Desenvolvimento Regional

Mais do que o fim de uma rota aérea, o encerramento das atividades da Azul no aeroporto de Guarapuava é visto como um obstáculo ao progresso regional. A linha vinha sendo essencial para conectar Guarapuava aos grandes centros políticos e econômicos do país, facilitando a atuação de empresários, autoridades públicas, estudantes e profissionais de diversas áreas.

Com a retirada da operação, o município passa a depender exclusivamente do transporte rodoviário, o que acarreta maior tempo de deslocamento, maior exposição a riscos nas estradas e redução na atratividade de investimentos e turismo.

O que diz a Azul

A empresa afirmou que “reavalia constantemente suas operações como parte de um processo normal de ajuste de capacidade à demanda”. Citou ainda “o aumento dos custos operacionais da aviação, impactados pela crise global na cadeia de suprimentos e a alta do dólar”, além da “disponibilidade de frota” como motivos determinantes para a decisão.

Apesar disso, o encerramento da linha Guarapuava-Curitiba ocorre em um momento de crescente projeção do município, que tem se consolidado como um polo regional estratégico no Paraná.

Crise e Reestruturação

A suspensão também ocorre em meio à delicada situação financeira da companhia. A Azul entrou com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, utilizando o mecanismo do “Chapter 11”, que permite reestruturação de dívidas sem paralisação das atividades. A medida busca reorganizar a companhia frente às dificuldades causadas pela pandemia e pela alta dos custos no setor aéreo.

Enquanto outras dez cidades paranaenses ainda contam com voos da Azul, Guarapuava e toda a região central do estado perdem uma ferramenta fundamental de integração logística, o que deve gerar pressão política e institucional por alternativas que garantam a retomada da conectividade aérea.

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