Mais uma crônica de Francisco Carlos Caldas

Já por duas vezes fizemos enfoques sobre apelidos, um na edição 51 de 15/7/1999 do Jornal “Fatos” com abordagem também sobre Bode Expiatório.

        Voltamos ao assunto, inspirado num texto que li dias atrás na internet/facebook, em que alguém fazia referência a apelidos, zoação, nos tempos de escola, em que quase  todos se divertiam e quase nada com as características de bullyng, ainda que muitas vezes, com origem em alguma deficiência, problema. Nos meus tempos  de primário no Procópio, nos anos de 1963-1967, as branquelas e loirinhas, eram chamadas de polacas polenteiras. Hoje loiras, são xodós, ainda que alvos de piadas de limitações intelectuais.

        Ester ser e escriba era para ter o nome Luis Eugenio, mas meu pai não aceitou, porque na sua visão, iam nos  apelidar de Geninho ou coisa assim. E virei Francisco, um dos 7 com esse prenome, de descendência e homenagem ao pioneiro do comércio local,  empreendedor e visionário, Francisco Alexandre Dellê/Francisco Dellê, de saudosa memória.

        Este ser além dos apelidos de criança, e que quase todos os Franciscos têm, “Chico”, vários lançados não pegaram: Tateto, Roseira, por causas de cabelo duro, arrepiado, rebelde, na infância e Covó, nos tempos de Colégio Agrícola, não pegaram.

       Nos anos de 1989 a 1996, que estivemos na linha de frente de muitas lutas políticas e implacáveis de combate a roubalheiras, falcatruas, fraudes, enriquecimentos, corrupção, na vida pública de Pinhão, nossos adversários, não achando nada para nos retaliar, pegar no pé, ofender a nossa honra, ou nos processar, tentaram nos apelidar de “Bode”, “Chico Bode”; penso que por causa disso e de quase sempre estar de barba. E na época e até hoje tenho cá comigo, que os que se referiam a nós dessa forma, até prova em sentido contrário, tinham alguma culpa em Cartório, envolvimento em fraudes, maracutaias, falcatruas, cambalacho, improbidades, corrupção, exploração dos mais fracos e oprimidos ou males do gênero.

        Mas em regra somos simpáticos a apelidos,  principalmente que não tenham características  de bullyng, como:  “PI” da minha neta Pietra;  do músico Baitaca, craques  Pelé e Tostão, amigo e Deputado Frangão; amigos e parentes, Bilike que virou Biloco,  Doio, e aí por diante.

        Em regra cada nome ou apelido tem uma  história ou algo interessante, como os “Causos do seu Zoraldo”, do Livro da amiga  Maria Goreti Kluger Rocha, que recomendo aquisições, leituras, e guarda com cuidados em uma estante, como nos pinhãenses guardamos Zorardo de Deus Rocha – “tio Zora”, em nossa memória e coração, como hoje guardo  uma foto dele com minha neta no colo, e outras dos tempos que estivemos Vereador juntos em duas legislaturas: 1989-1992 e 1997-2000, e a exemplo de Darci Brolini, um dos maiores políticos e gente do bem, da história de Pinhão.

          Do  enfoque  “Causos do seu Zoraldo”, nos veio a inspiração, para a catalogar as ”brincadeiras” que o meu falecido pai – Eugenio Estevam Caldas, “aprontou” em Pinhão, que também dá quase um livro. E para encerrar o legado de  que cada acontecimento do cotidiano, tem um enorme potencial de despertar registros, reflexões, desenvolvimento e melhorias em todos os aspectos, e principalmente no campo educacional, espiritual e de cidadania.

          Em síntese cada nome ou apelido, uma história e causos para contar.

          Francisco Carlos Caldas, advogado,  municipalista e cidadão.           E-mail “[email protected]

Clique  👉 AQUI  e baixe o aplicativo da WEB RÁDIO FATOS

 

Compartilhe

Veja mais