Francisco Carlos Caldas

As origens de apelidos são as mais variadas, e alguns são carinhosos e bem aceitos outros que ocorreram em circunstâncias não agradáveis,  decorrente de alguma situação física, mental ou comportamental. Antigamente  melhor se enfrentavam até apelidos depreciativos, e sem essa de bullyng, e Mauro Xavier Biazi em seu livro “Era uma vez Guarapuava”, edição de 2021, nas págs. 148 ed 149, apresenta um rol de apelidos que ocorriam  no ambiente guarapuavano.

Alcebiades Ferreira Gonçalves, figura importante da história de Pinhão, e muito conhecido por ‘Tio Bide”, tinha o hábito de colocar apelido nos outros.  E isso é relatado no livro de Francisco Dellê, publicado em 2023, na pág. 220. Eu que na infância tinha cabelo rebelde, arrepiado, ele me chamava de “Cabelo duro”, mas este escriba fora o “Chico” que é meio comum aos Franciscos, apelidos não pegaram. No auge do meu combate a corrupção em Pinhão, nos anos de 1989, e mais nos anos de 1993-1994, tentaram me apelidar de “Chico Bode”, mais por causa de um passado de barba, e por os corruptos e meliantes de Pinhão, não encontrarem outro meio de nos atacar, diminuir  ou coisa assim. E isso nos inspirou a escrever uma crônica “Bode expiatório” publicada na edição 51 de julho de 1999, do Jornal “Fatos do Iguaçu”, e onde até colocamos que a população tivesse cuidado com os que estavam nos dando esse apelido, que alertarmos serem em regra e até prova em sentido contrário, eram os corruptos, ímprobos, meliantes da vida pública de  Pinhão.

Vejamos a origem de alguns apelidos só para dar uma ideia do contexto:

Um primo nosso na infância tinha o apelido de Bilike. Quando num dias de praia andou aprontando ou fazendo alguma trapalhada para amigos da companhia, e contaram que que, fez o ato foi Bilike, um do grupo, contestou “que Bilike nada”, Biloco, e o apelido pegou.

A história de vida de cada um, é algo interessante e algumas até fascinante. E dos apelidos também.

Pinhão, tem um personagem muito conhecida e querida de todos, o Doio, e fomos pesquisar e ficamos sabendo que o apelido foi porque era muito pequeninho, mirradinho, e daí uma tia de nome Maria Eugênia, mencionou Doio, e pegou, e é mais conhecido do que João Maria Rocha Bueno.

Temos alguns conhecidos e amigos que tiveram e tem apelidos, entre outros: Abeia, Bobage, Carancho, Penacho,  Jumbão, Palito, Macuco, Lagarto, Lili, Lenca, Muquirana, Bunda, Abacaxi, Graxa, Cupim, 4 zóio, jitica, Galo sonso,  Corujão, Galeto, Carneiro, Deco, Doio, Nito, Paladino,  Pelé, Zico, Ratinho, Boca do Inferno/de Brasa (poeta satírico Gregório de Matos, que viveu nos anos de 1636-1696), Tateto, Zé Bettio, Daia, Liu, e minha neta Pietra, alguns chamam de “PI”.

Já escrevemos e meditamos sobre cada nome uma história, e apelidos também entram nesse seara. Tudo tem sua razão de ser e a regra é nada por obra do acaso, e temos que saber nos defender de tudo, de todos e  até de apelidos depreciativos,  para que não tenhamos ocorrência de bullyng, crimes contra à honra, desrespeitos  e males do gênero

(Francisco Carlos Caldas, advogado, municipalista e CIDADÃO).

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