A exposição contou com elementos da cultura paranaense e reviveu momentos da escola desde a sua fundação

RESERVA DO IGUAÇU – Os alunos da Escola Nova Esperança da Apae de Reserva do Iguaçu recepcionaram com grande alegria a comunidade que visitou na terça-feira, dia 7 de junho, da I Mostra Cultural. A exposição contou com elementos da cultura paranaense. Alguns confeccionados por eles e outros foram resgatados, a exemplo do mural de fotografias, onde os alunos puderam reviver bons momentos passados na escola desde a sua fundação em 2000.

No estande da Culinária Paranaense, os visitantes, em sua maioria alunos das escolas locais, conheceram alguns dos muitos pratos típicos do Paraná, uma herança dos imigrantes, que para o estado vieram e deixaram um legado de costumes e tradições. Entre eles, o bolo de fubá, o pirogue, o arroz carreteiro, o pinhão e o chimarrão, que foi servido aos apreciadores de um bom mate. No espaço do artesanato, belas peças em madeira e papel. Garrafas decoradas, porta-chaves e outros estavam à disposição para a comercialização.

Os alunos com o apoio das professoras explicavam as corridas tipicas do Paraná (Foto: Nara Coelho/Fatos do Iguaçu)

Os alunos com o apoio das professoras explicavam as corridas tipicas do Paraná (Foto: Nara Coelho/Fatos do Iguaçu)

RESGATE

Chamando a atenção, principalmente das crianças, estavam presentes representantes da tribo indígena Kaigang. A assistente social Gloria Cornélio e seu cunhado, Alcides Rodrigues, que também são professores de Cultura e Língua Kaigang na Escola Kokoj Ty Hanja localizada dentro da Reserva Indígena de Mangueirinha. “Trouxemos um pouco de nossa cultura, como os cestos, a nossa música e alimentação para que as crianças possam conhecer um pouco da nossa cultura que estava se perdendo e que agora vem sendo resgatada com eventos como este. Os pequenos se assustam um pouco com nossa apresentação. A eles muitas vezes são ensinados os costumes de tempos passados. Vamos explicando que hoje os índios não são como antigamente, estudamos, nos adaptamos à cultura do branco. Usamos de tecnologia para nos comunicarmos e para nosso dia-a-dia, mas que ainda preservamos os costumes indígenas”, salientou a indígena.

Complementando o espaço, os visitantes aprenderam que alguns jogos, esportes e brincadeiras praticados na infância ou que deram origem a grandes competições são de origem indígena como: peteca, cabo de guerra, corrida de tora, arremesso de lança, canoagem. Uma pequena canoa também compunha o ambiente e fez com que os mais corajosos se sentissem como pequenos índios dentro dela.

O Tropeirismo, uma fase de grande desenvolvimento econômico no Paraná, foi apresentado em forma de uma cabana. Uma cozinha típica, acompanhada de uma decoração que relembrava um galpão crioulo existente em muitas fazendas que servia de parada aos tropeiros chamava a atenção dos adultos.

A diretora da Apae, Jussara Macedo de Matos, explicou o objetivo da Mostra e o funcionamento da entidade.  Mencionou que a comunidade valoriza muito a escola e que um dos objetivos do evento é expor o desenvolvimento dos alunos. “Estão aqui e também aprendem dentro dos limites de cada um. Eles também confeccionaram a oca indígena e participaram da culinária”.

A Mostra é também um evento comemorativo ao aniversário da Apae, que este ano completa 19 anos e é a mantenedora da Escola Nova Esperança, que tem 16 anos de fundação. Outro objetivo é resgatar o histórico da escola. “Os alunos ficaram fascinados com a exposição de fotos. Alguns viram fotos de cinco, 10 e 15 anos atrás, se viram nelas. As famílias também ficam satisfeitas. Temos alunos que ainda estão aqui, cresceram dentro da entidade e em seus limites conseguiram evoluir. Alguns já saíram e hoje frequentam outras escolas”, completou a diretora.

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