Fotos: Divulgação/Colégio Procópio

A dengue é a doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que pode levar à morte. Nesse ano, a situação em todo o país está crítica, pois segundo os dados do Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde, o Brasil em dois meses e meio já superou o número de casos de 2023.

No dia 15/03 foi registrado em todo o país 1.684.781 casos prováveis, 25.967, casos a mais que no ano anterior que contabilizou ao final dos 12 meses 1.658.814. Até o momento somar-se 513 óbitos.

Paraná

No Paraná há 90.972 confirmações e 49 óbitos no período entre agosto 2023 a março de 2024. Dentre os 399 municípios paranaenses, 397 já registraram notificações por dengue. Destes, 366 já possuem casos confirmados.

Devido esta situação, o governo estadual decretou no dia 14 situação de emergência em relação à dengue.

Colégio Procópio

Dentre os 366 municípios que possuem casos confirmados está o município de Pinhão, que no dia 15/03 tinha 7 casos confirmados e 5 suspeitos.

Os alunos da 3ª I A integral e das 2ª séries I A e B, do Ensino Médio do Colégio Estadual Procópio Ferreira Caldas, na disciplina de Corresponsabilidade Social, ministrada pelo professor José Carlos Correia Filho, decidiram contribuir no combate à dengue.

O professor, explicou que durante uma semana ele trabalhou com os alunos em sala de aula sobre a dengue, transmissão, cuidados e a responsabilidade de cada um no combate ao mosquito transmissor.

Ao final das aulas, além dos alunos discutirem e pesquisarem sobre o tema, produziram materiais educativos de combate à doença, o professor José Carlos, repassou uma tarefa a cada turma.

Começando pelo Colégio

 

Os alunos da 2ª série B tiveram a missão de fazer um pente fino nas dependências do Colégio, “Cada cantinho do Colégio foi vistoriado e os materiais que poderiam servir para focos de ovos do mosquito transmissor da dengue foram recolhidos.

Como a escola está passando por uma reforma, os alunos conversaram com os trabalhadores para que eles redobrassem os cuidados, não deixando materiais que pudessem acumular água.

Pente fino nos arredores

Aos alunos da 2ª série IB coube a missão de realizar uma varredura nos arredores do Colégio. Eles vasculharam ruas e lotes vazios na proximidades da escola.

José Carlos contou que no novo loteamento foi encontrado muito lixo e água acumulada em entulhos de construção.

O lixo de pequeno porte os alunos já recolheram, os maiores, como latas de tintas, resto de obras, eles repassarão a situação para a vigilância sanitária.

 Garrafas cheias de água

Outra situação que os alunos encontraram foram garrafas de bebidas alcoólicas jogadas pelos lotes vazio e cheias de água, “Olha que fazia dias que não chovia”, lembrou o professor.

Conversando com os colegas

Os alunos dos dois 2ºs anos passaram nas outras turmas da escola entregando panfletos, conversando com os colegas e exibindo vídeos educativos, “A proposta foi mostrar os riscos da doença e a importância de não jogarem lixo pelo pátio do colégio e mesmo pelas ruas, no percurso da casa até a escola”, explicou o professor

Visitas nas residências próximas

Os alunos da 3ª I A, percorreram várias quadras do entorno do Colégio, visitando as casas e comércios, conversando com os moradores, repassando orientações de combate ao foco do mosquito Aedes aegypti.

Foram entregues nas visitas e colocados nos para-brisa dos carros estacionados, panfletos cedidos pela secretaria municipal de Saúde, informando sobre os cuidados e sintomas da dengue.

Algumas constatações

José Carlos, com seus alunos, tiram algumas constatações negativas, “Vimos que a situação do rio próximo do Colégio é preocupante, o número elevado de entulhos relacionados às obras, mostrou que quem trabalha nas obras não tem nenhuma preocupação, o descuido é total.

É um compromisso de todos

O professor destacou que o combate à dengue depende da ação de cada um, “Esperamos que as entidades públicas e privadas e cada pessoa seja de fato um agente de combate à dengue. Que os espaços públicos sejam vistoriados e cuidados, pois o poder público tem uma função importante, mas cada cidadão também tem um papel a cumprir no combate à dengue cuidando de suas residências”.


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