poesia

Por Marcos Serpa

Foi no silencio de um mate

Que a vida me ofertou ela,

Já vinha pela cancela

Seu perfume chegou antes

Lembrei tempos de dantes

Da ultima vez que lhe vi,

Era um sonho de guri

Num retovo de lua minguante.

A alma tem dessas coisas

Que o coração acompanha,

A gente até estranha

Sufocado de desejos

Numa sinfonia de gracejos

Ela desceu de sua encilha

Com fragrância de maçanilha

Entoado de solfejos.

Era minha alma gêmea

Numa tormenta de anseios,

Um xucro devaneio,

Doce que amarga à ausência,

Flor de pura essência,

Que minha alma contenta

Me ampara e sustenta,

Nos confins da querência.

LUA CRESCENTE – NOVEMBRO/2019

 

 

 

 

 

 

 

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