Francisco Carlos Caldas

“Se não quiser ser esquecido logo depois de morto, escreva alguma coisa que mereça ser lida ou faça alguma coisa que mereça que escrevam a respeito.” (Benjamim Franklin, citado no livro Criminalista MÁRIO JORGE, escrito por Terezinha Elinei de Oliveira).

Em todas as profissões e atividades, há profissionais, bons, ótimos, regulares e péssimos, desde os tempos de antanho. Até nos lupanares há padrões éticos mínimos. No Bordel da Maria Machadão da obra de Jorge Amado, “Gabriela, Cravo e Canela”, havia ética, ordem e disciplina.

Na advocacia que militamos há mais de 4 décadas, também já nos deparamos com essa realidade, e advogados são objetos de muitas piadas, gozação  e sempre colocam, esperteza, malandragem, exploração, aproveitamentos, como uma característica.

Uma das piadas recorrentes desse contexto, é de um advogado famoso, que formou filho advogado, e este último no início da carreira, resolveu num piscar de olhos, uma peleia/demanda que o pai lidava há décadas. E o novo advogado, ficou decepcionado com o pai competente, de não ter resolvido o caso que ele resolvera em poucas passadas. E ao falar com o pai, ouviu dele que foi graças levar aquela demanda por décadas, ao que tudo indica, em enrolação, atos procrastinatórios, agravos de instrumentos, internos e regimentais, embargos, apelação e outros recursos, que ele manteve família e conseguir pagar estudos, faculdade para o novo causídico.

E há ainda o excesso de faculdades, facilidades para se formar e excesso de  profissionais no mercado, além do bacharelismo e espírito litigante que há na nossa cultura. Quando acadêmico de Direito na década 70, ouvimos de um saudoso professor Jugurta Gonçalves Pereira, que de tão culto e conhecedor de mitologia grega, quase que não conseguia dar aulas de direito comercial, e que com humor repassou em aula o versinho abaixo:

Deus de diversas formas,

            Castiga os povos infiéis;

            O Egito com gafanhoto;

            E o Brasil com bacharéis”.

E  alguns aspectos do acima exposto, se aplica também  há outras profissões e profissionais, inclusive os de formação superior, e gente cheia de especializações, pós-graduação, mestrado, doutorado,  o dito pelo genial físico alemão e cidadão do mundo Albert Einstein (1879-1955): “A pura intelectualidade não basta para diretrizes certas, se essa intelectualidade não traz em seu bojo, a marca liberal de um sentimento  bom e construtivamente humano.

E na garupa e inspiração disso, também dizemos, que muitas vezes mais vale um analfabeto sério, honesto, de bom caráter, do que letrados e intelectuais cheio de títulos,  que se desonestos  na prática acabam tendo muito mais possibilidades de enganar, lograr os outros, principalmente os mais fracos e oprimidos. É a “falsa educação”, de uma crônica nossa publicada  em 4/2/1985, num jornal que Pinhão teve por uns tempos,  “Tribuna do Povo”.

De forma que cautela e caldo de galinha não fazem mal ninguém, e em muitas situações  e relações da vida, todo o cuidado é pouco

Em julho de 2018, recebemos e lemos um livro  de uma colega,  nossa parente pelo lado paterno Oliveira Lima Mossico, Drª. Terezinha Elinei de Oliveira, sobre o criminalista Mário Jorge (1917-1987), com quem atuou por muitos anos, e duas personalidades muito inspiradoras  da ADVOCACIA MAIÚSCULA e de Verdade. Recomendamos a leitura desse livro a todos e de forma especial a nova geração de advogados. E também um outro “A Vida dos Grandes Brasileiros, sobre Rui Barbosa, texto de Márcio Tavares d’Amaral, Editora Três Ltda/SP, Edições “IstoÉ”, que lemos em junho/2010.

Em Pinhão até onde é do nosso conhecimento há vários ADVOGADOS E ADVOGADAS atuando e escritórios instalados, e todos dentro de linhagem ética, decência e dignidade, como indispensáveis à administração da justiça como disposto no art. 133 da nossa Constituição Federal-CF.

(Francisco Carlos Caldas, advogado,   municipalista e cidadão).

E-mail  [email protected]

 

PARA  LER OUTROS ARTIGOS – CLIQUE AQUI

 

 

 

 

Compartilhe

Veja mais