Por Dominique Acirema S. de Oliveira 

“Vamos falar de coisa boa, vamos falar de tekpix!” Minha nossa, a idade está batendo… Na verdade vamos falar de coisa melhor que uma “filmadora de alta resolução”, vamos falar de uma coisa que interessa a muitos: igualdade!!!

Quando ouço essa palavrinha: igualdade, meu coração se enche de justiça social e dívidas históricas… claro que quero igualdade! É lógico! Quem não quer igualdade com Elon Musk, Jeff Bezos ou Bill Gates?

Pois bem, não é minha intenção entrar em debate como a forma de aquisição, metacapitalismo, teoria da escassez ou teorias de mercado… o que quero agora nesse momento é a igualdade, pura e simplesmente…

Ora, não é isso o tão grande palanque socialista aclamado e tido como salvador da sociedade? Igualdade? Já me imagino desfilando de Mercedes, Ferrari e Porsche e não me importa como isso foi adquirido… (nem mesmo se todos estão de Mercedes, Ferrari e Porsche… ou me importa?)

O que deveras passa batido nos gabinetes daqueles que usam de farta imaginação para compor suas sinfonias metafísicas socialistas é os meios, contextos e tradições que nos fizeram chegar até aqui e diga-se de passagem: usando os polegares opositores para isso…

O desejo por bens e conforto se justifica na inerência da humanidade na dor que aperta a barriga quando não tem com que enchê-la no frio que desola na ânsia que a fome causa… não nego essas contingências humanas, claras, justas e necessárias…

Hoje quero transcender o demasiadamente humano, quero igualdade… e como bom “cientista social” (eita, que Burke me perdoe…) que desconsidera toda a tradição viva e morta simplesmente quero meus milhões e meus privilégios (se é que me entende…)

Para isso vou usar como esteio um acontecimento histórico para que me sirva de justificativa (ou não) de tudo que “mereço…” e para tanto vou usar o clímax dos diretos humanos … (até por que o direito a uma constituição repleta de benécia e exaltação a minha pessoa é tudo o que uma revolução almeja…)

Quero que pensemos em um instituição muito democrática que foi erigida a golpe de martelo e muita negação da realidade… A assembleia nacional francesa… isso, aquela que foi erigida a coronhada de racionalismo moderno negando a tradição, realidade, moralidade e tudo que foi construído em séculos.

Perceba, o intento inicial da revolução francesa era a igualdade… abandonar a imperfeição é abandonar o que nos é mais caro, os erros… os erros são o que nos tornam humano e é o que nos diferencia daquilo que é efêmero.

Quando abandonamos a tradição do que existe a prova do tempo e substituímos a perfeição do racionalismo nos vemos a frente da realidade buscada: qual o valor ou importância do voto de um homem?

Isso depois de grande luta, morte e guilhotina chegaram a um importante questionamento: o valor do voto? Sim, porque depois de uma “revolução” regada a sangue e escárnio uma eleição a votos era essencial para manter viva a chama da igualdade…

Agora, a igualdade devia ser dividida a termos claros e “racionais”, como as Luzes desejavam, vejamos: Geométrico, baseado território, aritmético baseado na população e por último a divisão pecuniária a qual era baseada na contribuição… Claro, como diria Orwell: alguns são mais iguais que outros….

Isso sem falar nas divisões de comunas, valor dos votos, etc, etc… isso tudo para elevar a grande conquista revolucionária: a igualdade!

Por fim, a revolução engoliu até seus idealizadores, não há perdão para aqueles que não são iguais em suas igualdades, até parece um máxima que ouvi a 10 mil anos atrás: tratar os iguais como iguais e os desiguais na medida de suas desigualdades.

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