Por Valter Israel da Silva e Claudemir Gulak
Os nove limites do planeta devem ser analisados em conjunto, pois um influencia no outro. Dos nove, já ultrapassamos quatro. E hoje falaremos um pouco sobre o tema: A acidificação dos Oceanos, que pode não parecer, mais é bastante preocupante!
Os oceanos predominam em 75% da superfície da terra e exercem um papel definitivo em múltiplos processos climáticos globais. A manutenção da temperatura do planeta, por exemplo, é um dos principais fenômenos ligados à este ecossistema, responsável por absorver o gás carbônico da atmosfera, transferindo-o para o fundo oceânico. Contudo, o desequilíbrio no sistema ar x oceano, causado pela emissão excessiva de CO2 na atmosfera, vêm gerando adulterações no pH dos oceanos, suscitando graves efeitos para a flora e fauna aquática.
Segundo o Grupo Brasileiro de Pesquisa em Acidificação dos Oceanos entende-se por acidificação a redução do pH dos oceanos por longos períodos de tempo (décadas ou mais). Esta redução do pH é causada principalmente pela dissolução do CO2 atmosférico nos oceanos. O aumento contínuo das emissões antropogênicas de CO2 para a atmosfera desde o início da Revolução Industrial elevou a concentração de dióxido de carbono na atmosfera a níveis 40% superiores aos encontrados no período pré-industrial.
Todo esse processo catastróficos atribuído cientificamente as ações humanas que transformam nosso planeta e alteram nosso clima, tem o potencial de afetar também a vida marinha. Estudos preliminares assinalam que a acidificação dos oceanos afeta diretamente organismos calcificadores, como alguns tipos de mariscos, algas, corais, plânctons e moluscos, o que traz dificuldades para sua capacidade de formar conchas, levando a sua extinção.
Para sanar esse problema sugere-se uma série de possibilidades como o uso de isótopos radioativos para diagnosticar melhor a situação, a adição de ferro, entre outros, porém quanto mais se mexe no equilíbrio natural, mais se danifica o ciclo natural desempenhado pelos ecossistemas. Dizemos sempre que prevenir é melhor que remediar, então uma ação plausível em todo esse processo problemático seria repensar nossas ações, por mais pequenas que sejam, em casa, no trabalho, na escola, para tentar mitigar a emissão desses gases que tanto afetaram, afetam e afetarão nossos ecossistemas, nossa qualidade de vida e o futuro dos nossos pequenos.
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