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Redação Fatos do Iguaçu com Sites de Noticias


O Rio Grande do Sul perdeu, neste sábado (11), um de seus mais emblemáticos artistas: Nésio Alves Corrêa, conhecido como Gildinho, fundador do grupo Os Monarcas. Aos 82 anos, prestes a completar 83, Gildinho faleceu às 17h15min no Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre, após uma batalha de duas décadas contra o câncer.

Natural de Soledade, nascido em 18 de janeiro de 1942, Gildinho iniciou sua trajetória musical em Erechim, onde, em 1967, formou com seu irmão Chiquito a dupla “Gildinho e Chiquito”. Em 1972, os irmãos fundaram o grupo Os Monarcas, que se tornaria um dos pilares da música tradicionalista gaúcha.

Ao longo de sua carreira, Gildinho e Os Monarcas gravaram 50 discos, recebendo dez discos de ouro. O grupo foi laureado com o extinto Prêmio Sharp e, por quatro vezes, com o Prêmio Açorianos. Gildinho também foi patrono da Semana Farroupilha, recebeu o Troféu Guri, do Grupo RBS, e a Medalha do Mérito Farroupilha da Assembleia Legislativa.

Mesmo enfrentando a doença, Gildinho manteve-se ativo nos palcos. Em novembro, foi internado devido a complicações de saúde, incluindo a descoberta de um tumor na próstata. Sua filha, Sandra Márcia Borges Corrêa, relembra: “Ele já não conseguia se expressar, mas fazia um esforço para cantar, o tempo todo. Ele fazia movimentos com as mãos como se estivesse com a gaita e olhava pra gente. Foi algo que me marcou muito. Foi um guerreiro, enfrentou tudo com bravura”.

O velório de Gildinho ocorrerá neste domingo (12), no CTG Sentinela da Querência, em Erechim. Ele deixa a esposa, Santa, e as filhas, Gisele e Sandra. Sua partida representa uma perda irreparável para a cultura gaúcha, mas seu legado musical e dedicação às tradições do Rio Grande do Sul permanecerão eternizados na memória de todos.

Para homenagear sua memória, confira uma apresentação especial de Gildinho no programa Galpão Crioulo:

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