Mais uma crônica de Francisco Carlos Caldas

Tempos atrás houve em PInhão evento de lançamento da pedra fundamental de uma grande obra de mais de 10 milhões, o Centro de Atendimento de Saúde e Maternidade e nova UPA no local do antigo campo do Água Verde, e onde foi desmanchada uma cancha esportiva construída pelo governo anterior; E no dia  28/06/2024, a abertura do Hospital Anjo Protetor no espaço do antigo Hospital Santa Cruz de Pinhão-HSPC, fechado em 2023 e que funcionou por em torno de 50 anos e que fora implantado pelo médico Dr. Avelino Eduardo Peredo  Roman, que iniciou atividades no extinto Hospital Amazonas Ferreira Caldas, onde hoje funciona o CREAS, na rua XV de Dezembro, em frente a CEEBJA.

Este pensante a única vez que teve uma internação  decorrente de uma acidente na PR-170, no início da década de 1980, e ainda que de um dia foi no Hospital Santa Cruz de Pinhão-HSCP, atendido pelo Dr. Seihei Oshiro.

Estivemos por duas horas no evento e pela dinâmica  e contentamento das falas, o tempo passou depressa, e como simples cidadão pinhãoense, aqui nascido, residente e domiciliados, e vizinho  uns 50 metros do Hospital, estamos satisfeito com o fato de Pinhão voltar a ter um Hospital, depois de já ter tido 4 (quatro) desativados (Amazonas, o do Dr. João, Bom Jesus e HSCP). Várias autoridades presentes e os três candidatos  a Prefeito que já fizeram  lançamento de pré-candidaturas.

Manter Hospital e despesas na área de saúde em qualquer esfera não é coisa fácil. É missão árdua, hercúlea, tem que ter muita coragem, “peito”, ousadia, para entrar e investir na área. Torcemos para que o “Anjo Protetor” tenha vida longa e saudável, e aproveitamos o ensejo, para homenagear parteiras, médicos que passaram por Pinhão, entre outros: Dr. Avelino, Dr. João Maria Mendes de Lima, Dr. José Carlos Cassoli, Dr. Maurício Ando, Dr. Antônio Conti e o que está até os dias de hoje conosco, o Dr. Seihei Oshiro.

Torcemos para  que esses estabelecimentos de saúde, dêem certo, pois estamos muito precisando em Pinhão além de GESTORES de ANJOS, e por falar em anjos, vamos aqui destacar nossos anjos do passado, as abnegadas PARTEIRAS que prestaram relevantes serviços por muitos anos em Pinhão.

Meus ancestrais, entre os quais meus pai nasceram com ajuda de parteiras. Minha mãe primogênita da Família Rocha Dellê,  nascida em  10/03/1916  e seus 11 irmãos pelas abnegadas mãos da parteira Coralina de Oliveira, que minha mãe se referia como Madrinha Corá.

Meu ancestrais paternos, de irmandade de 11 (4 homens e 7 mulheres), também devem ter vindo ao mundo com ajuda de parteiras.

Seu Renato Passos Ferreira, no  volume 2 do seu importante Livro “O Pinhão que eu conheci”, tem um capítulo de nº. XXXI específico sobre parteiras de campanha, e relata que Pinhão já teve muitas, entre as quais, a acima citada Nhá Corá, Maria Rolim, Luisa Preta, Benvenuta Maciel, Dona Natália e Teresa Ressai.

Num esboço de Livro “O Retrato de Pinhão” de autoria do saudoso seu José Bischof, que nos confiou arquivo e que  queria publicar há um abordagem sobre parteiras, com o título “Mulheres Abnegadas”, e cita as seguintes:  Benvenuta Maciel, Teresa Ressai, Maria da Trindade Soares Pires, Geraldina Barbosa, Rosa e Luiza Adão, estas do Faxinal dos Coutos, Maria Ângela Mendes que veio de Mangueirinha; nhá Liça Proença que atendia parturientes das proximidades do rio Iguaçu.

Eu e expressiva parte dos meus primos Dellês nascidos nos anos de 1939 até meados da década de 1950, nascemos pelas mãos de parteiras, este escriba e Francisco Dellê, por exemplos, a parteira foi dona Teresa Ressai.

Meu filho nascido em 7/03/1979, nasceu no extinto Hospital Bom Jesus, aos cuidados médicos do Dr. José Carlos Cassoli, que nos anos de 1997-2000 foi meu colega de Vereança na Câmara Municipal de Pinhão.

Minha filha nascida em 12/11/1982, nasceu no extinto Hospital Nossa Senhora de Belém em Guarapuava.

Minha neta nascida em 07/06/1916 nasceu na Maternidade do Hospital Santa Tereza de Guarapuava, estabelecimento esse que sobrevive as duras penas pelo que temos conhecimento.

Uma parteira de nome Leonora Hartt Baggio, foi homenageada com nome de rua na Vila Baggio I via Lei nº. 1.976/2017 de 20/04/2017, e nós na legislatura 1997-2000, não conseguimos homenagear Coralina de Oliveira (Corá), por critério e seriedade legislativa, diante falta de documento e históricos da mesma  e que nos frustrou de homenagear uma grande mulher a pedido de um munícipe  também de saudosa memória, e com esta crônica homenagem ela e todas as abnegadas parteiras (anjos) que já prestaram relevantes serviços a Pinhão e sua gente.

(Francisco Carlos Caldas, advogado, municipalista e CIDADÃO)..

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