Nova urna eletrònica | Foto: TRE-PR

Redação Fatos do Iguaçu com TSE

Nos últimos anos, o município de Pinhão, no Paraná, tem visto um padrão preocupante nas suas eleições: o aumento da abstenção. Dados das eleições de 2016, 2018, 2020 e 2022, fornecidos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mostram variações no comparecimento dos eleitores às urnas, revelando uma tendência que merece atenção.

Em 2016, o eleitorado apto em Pinhão era de 24.047 pessoas. Destas, 19.706 compareceram para votar, resultando em uma taxa de comparecimento de 81,95%. A abstenção foi de 18,05%, ou seja, 4.341 eleitores não exerceram seu direito ao voto.

Dois anos depois, nas eleições de 2018, houve uma ligeira diminuição no número de eleitores aptos, totalizando 22.593. No entanto, a taxa de comparecimento foi maior, com 18.602 eleitores participando, o que representou 82,34% do total. A abstenção, por sua vez, caiu para 17,66%, ou 3.991 eleitores ausentes.

Já nas eleições municipais de 2020, Pinhão contava com 23.289 eleitores aptos. O comparecimento foi de 18.406 pessoas, correspondendo a 79,03% do eleitorado. No entanto, a abstenção subiu para 20,97%, com 4.883 eleitores não comparecendo às urnas.

Em 2022, os números indicaram um cenário ainda mais desafiador. Com um eleitorado apto de 23.787 pessoas, apenas 18.150 compareceram para votar, resultando em uma taxa de comparecimento de 76,30%. A abstenção, por sua vez, atingiu 23,70%, com 5.637 eleitores não participando do pleito.

Essa tendência crescente de abstenção em Pinhão reflete um fenômeno que pode ser observado em várias regiões do país, onde a desilusão com o cenário político, a falta de representatividade ou até mesmo dificuldades práticas para votar podem estar afastando os eleitores das urnas.

Especialistas sugerem que estratégias de engajamento cívico e educação política são essenciais para reverter esse quadro e garantir que mais cidadãos exerçam seu direito ao voto, reforçando a democracia em nível local e nacional. A análise dos dados das últimas quatro eleições em Pinhão revela uma necessidade urgente de reflexão e ação por parte das autoridades e da sociedade como um todo para combater a crescente abstenção eleitoral.

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