Humberto Silva Pinho

Por Humberto Pinho da Silva

Somos o que somos, devido àqueles que connosco convivem, desde que nascemos.

É a mãe a primeira que nos molda o carácter; depois, a ama ou a educadora.

Motivos de saúde ou pelo facto de a mãe trabalhar fora de casa, os pais são obrigados a entregarem, o filho a creches ou infantários.

Seria ideal que a mãe fosse apenas dona de casa, a tempo inteiro; mas, é impossível, na época atual.

Erradamente muitos pensam que a educador, por ser licenciada, é apta para educar crianças. Pode até ser ideal para cuidar; mas, voluntariamente ou involuntariamente, pode inculcar nas mentes em formação: conceitos, palavras plebeias, gíria, para não dizer: calão e palavrões.

Mesmo que lhe transmita regras morais e comportamentos sociais, pode não coincidir com as que os progenitores desejam para o filho.

Ramalho, nas ” Farpas”, Vol. II, Ed. Clássica Editora – 1956, refere-se à influência que têm na criança a ” formação do espírito e na formação do carácter, na inteligência, na dignidade, na honra, na gloria dos filhos“, todos que participaram na educação.

Preocupada, certa diretora de Escola de Educadoras de Infância, interrogava as candidatas sobre a razão de desejarem ser educadoras.

Em regra, as pretendentes, respondiam: gostar de crianças; sentir prazer de brincar com elas…, mas, no parecer da religiosa, a única razão, era de lhes transmitir valores cristãos.

E tinha razão – a conduta dos meninos e das meninas, depende muito como foram educados.

Na escola pública, a educação é igual para todos; a criança da escola pública é cunhada como as moedas da Casa da Moeda, como o Estado deseja.

No ensino particular – Escola cristã, – o mesmo não deve acontecer. Os pais ao colocarem os filhos, confiam que a moral ensinada, seja sempre baseada nos princípios evangélicos.

Espera-se que os colégios, orientados diretamente ou indiretamente pela Igreja, sejam escrupulosos no ensino, sempre baseado na doutrina cristã. Isenta de filosofias e novos conceitos morais.

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