É da natureza o humano ser social, e buscar forças em sociedades, associações, órgãos governamentais, entes como Municípios, Estados e a União.
Em 7/01/1978 via casamento, passamos ser sócio de uma sociedade conjugal que já ultrapassa 45 anos de superações, casal de filhos e uma neta.
Em termos de Associação, já fomos sócio do CTG de Guarapuava Fogo de Chão de Guarapuava, e que depois que nos associamos em meados de 1970 nunca mais fomos a nenhuma baile ou evento do clube. Desperdício juvenil.
Em Pinhão somos sócios do em atividade Sindicato Rural de Pinhão-SRP; dos desativados CTG Pala Gaudério de Pinhão e Clube União e Progresso, Associação Recreativa Vila Velha-ARVV, que sucumbiu. E também há décadas somos sócio contribuinte da Associação São Francisco de Assis, o chamado Lar do Idoso/LAISFA, que apesar de muitas ajudas, trabalho e credibilidade, enfrenta muitas dificuldades financeiras e de ordem burocrática para se manter.
O CTG Pala Gaudério no que diz respeito a rodeio, atividades campeiras, ainda está ativo, mas patrimônio urbano, inclusive, imóvel da sede, está com dificuldades de se manter sem dívidas como de IPTU e uma ação trabalhista, que já desfalcou expressivo patrimônio da sociedade. E sede urbana só usada para bailões particulares, alguns eventos públicos e outros comunitários, e úteis para o prédio não virar ruína, e receitas meio que só de manutenção e que talvez não de nem para pagar IPTU, taxa de lixo e outros encargos.
Também há alguns anos constituímos a Sociedade Individual de Advocacia, de estratégia tributária como profissional liberal, e para o simples Nacional recolhemos mensalmente até o dia 20 de cada mês, em torno de 4,5% das receitas.
Hoje muito está a se falar de sucessão patrimonial, de Holding Familiar, por causa dos pesados encargos incidentes sobre heranças, inventários, e que penso ser uma espécie de sociedade familiar, e que na mídia muitos advogados pregam vantagens e adesão.
O isolamento, solidão, cada um por si e Deus por todos, individualismos, egoísmos, egocentrismos são questões complicadas e delicadas, mas também os são as sociedades e associações, que também precisam ser muito bem pensadas, planejadas e geridas, a exemplo de entes da Federação, que a regra é serem mal geridos, muito alvo de patrimonialismos e outros males do gênero, e que hoje está muito difícil encontrar em quem confiar e votar.
O Clube União e Progresso que foi fundado em 1944, a sua primeira Diretoria foi formada por: Gumercindo Ferreira dos Santos (1º. Presidente), Horacio de Assis e Almeida (Vice) Dinis Dôliveira, Antonio de Souza Bueno, Afonso Mendes Fontoura, Alcides Dellê, Juvenal de Assis Machado e meu pai Eugênio Estevam Caldas. Esse clube que teve momentos memoráveis, como os Bailes e belas Rainhas da Primavera, formaturas como a minha do primário em 1967, convenções partidárias, reuniões das mais variadas, também teve tragédias como a morte do jovem e muito estimado Rubens Gomes; e que como sociedade recreativa e social há anos só existe no papel, e tem uma sede em área nobre da cidade, com terreno matriculado, registrado, enfim, tudo em ordem, e sem dívidas, e que há forte movimentação da sociedade ser alvo de alteração estatutária, ser extinta, e o imóvel vendido para que no local ocorra algum empreendimento privado, e o produto da venda ter alguma destinação específica, ou ser repartido com os sócios e sucessores legais. Essa questão precisa ser objeto de convocação de uma Assembleia extraordinária que dezenas de sócios e sucessores, formalizaram pedido em 10 de maio de 2024, e que precisa de uma definição.
Seja qual for a sociedade ou associação, tem que se ter entre outras coisas: transparência, prestação de contas periódicas e dar satisfações. Muitas associações só são isso de nome, e que nem caixa preta de avião que só se conhece o conteúdo depois de desastre.
Em Pinhão também está ocorrendo um sério e grave problema: associações e até uma de fora, com ações e ideias de faturar alto na deixa, omissão, burrice e/ou desonestidade de nossos agentes políticos, na causa – regularização documental de lotes, já objeto de um enfoque específico em 23/08/2021, em que muitos fingem ignorar, não leitura e de desentendidos.
Enfim e para encerrar a reflexão, sociedades, associações são importantes e necessárias, mas mantê-las, geri-las não são coisas fáceis, a começar pelas sociedades conjugais e as de fato (uniões estáveis), que o diga o elevado número de divórcios, separações de fato, rescisões de vida comum, e reduzido número de sociedades conjugais que estão a ocorrer, e que se ocorrerem que sejam com uso da razão e não só na emoção, “amor”, e sim como um negócio como dizem que fazem os chineses e como já enfocado numa útil abordagem publicada em 4/10/2021, no Jornal Fatos do Iguaçu.
(Francisco Carlos Caldas, advogado, municipalista e CIDADÃO)
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