Francisco Carlos Caldas

A mania é uma prática repetitiva, um hábito ou gosto recorrente que pode ser incomum, excêntrico e extravagante, não patológico, e podem ser motivadas  por crenças e superstições.

Entre vários livros que já lemos da Drª. Ana Beatriz Barbosa Silva, médica psiquiatra do Rio de Janeiro, um deles é “Mentes e manias”,  da Editora Objetiva-RJ publicado em 2011 em que há abordagem também sobre transtorno obsessivo-compulsivo-TOC.

Na citada obra há um capítulo II, páginas 163/173 sobre pequenas manias. Nessa obra e no Google,  encontramos em torno de 170 manias das quais vamos aqui mencionar algumas que já nos deparamos no nosso cotidiano:  ablutomania (de limpeza, lavar as mãos, tomar banho);  acribomania (de precisão, organização e exatidão), afrodisionomia (interesse sexual anormal),  aritomania (de contagem ou verificação), arnomania (obsessão por fitness – corpo saudável), arrumania (de arrumar as coisas), cibomania  (dilapidação de patrimônio em jogos de azar); oniomania (de compras),  cleptomania (de furtar quinquilharias), dermatolomia (cutucar a própria pele), disposofobia (de acumulação compulsiva de coisas),  grafomania (de escrever),  hipocondria (de doença), iconomania (por ícones e retratos), infomania (acumular informações),  ludopatia (compulsão por jogos),   megalomania (poder ou superioridade), mitomania (de mentir),  onicofagia (roer unhas), tricotilomania (arrancar cabelos e pelos), oniomania (de compração de coisas), verbomania  (de falar, do tipo mais do que o             Homem da cobra).

Manias, esqusitices, se fazem também presente nas artes, na literatura, personagens, entre outros:  Tio Patinhas, contando e recontando a sua dinheirama; Branca de Neve, arrumar bagunça; Penélope Charmosa, do desenho corrida maluca, mania de cabeleira no lugar; cientista Charles Darwin, por perfeccionismo, adiou por muitos anos a publicação de “A origem das Espécies”; Jacqueline Kennedy, compradora compulsiva; Coiote e cineasta  americano Woody Allen, comer sempre a mesma coisa; Donald Trump, repulsa por apertos de mão; atriz Cameron Diaz, medo de contaminação, empurra portas com os cotovelos;  jogador  David Beckham, mania de simetria.

Dizem que “de médico e louco todos têm um pouco”, e que “De perto ninguém é normal” (Caetano Veloso). E sobre manias estranhas (esquisitices), já fizemos e foi publicada uma reflexão na edição de 23/01/2023, do Jornal Fatos do Iguaçu, e pensamos ser um assunto interessante, pois muitas dessas manias, se não forem objeto de conscientizações, correções de rumos,  uso de mecanismos de defesa acabam se agravando, virando doenças e geradoras de transtornos e prejuízos.

(Francisco Carlos Caldas, advogado, municipalista e CIDADÃO).

PARA LER OUTROS ARTIGOS DO AUTOR | CLIQUE AQUI


 

 

Compartilhe

Veja mais