Por Humberto Pinho da Silva
É do conhecimento de todos, que participam na missa dominical, que existe grande diminuição de fiéis – não só de jovens, como de crentes idosos.
Várias são as razões: A epidemia (Covid) que afastou da Igreja – por medo de contágio, – muitos católicos; a deslocação da população citadina para as preferias; o facto de muitos idosos haverem falecido, devido à epidemia; e o comodismo de alguns, que passaram a “assistir” à missa pela televisão.
Acrescentaria, igualmente, a deficiente evangelização, e o comportamento indigno de alguns sacerdotes e fiéis.
Recentemente o matutino” Correio da Manhã”, de 03/03/2024, realizou pesquisa sobre a situação da Igreja Católica, em Portugal, chegando às seguintes conclusões:
A quebra de fiéis na missa é quase de 50%; no interior, apenas 10%.
Alentejo, Minho e Trás-os-Montes, assim como os Açores, foram as regiões mais afetadas, (possivelmente, digo eu, devido à emigração).
Lisboa, Madeira e o Algarve, foram as que menos sofreram, mantendo-se quase inalterável o número de fiéis.
Como é natural, a diminuição de crentes afetou a receita, no ofertório e nas caixas
As ofertas desceram de 60 para 35 milhões de euros. (Não será, em parte, devido à dificuldade financeira em que vive a Classe Média?)
Apesar das vocações sacerdotais terem diminuído, ainda se celebram 6.000 missas dominicais, celebradas por 2.655 padres. Menos 600 do que em 2014.
Foram estas as principais conclusões que o “CM”, chegou, após ter contactado 32 paróquias e bispos diocesanos.
Desconfio que, alguns leitores, também, gostariam de conhecer a situação religiosa, em Portugal – Igrejas cristãs e não cristãs, colhidas no: INE, e no Censo de 2021:
Ortodoxos, em 1981 eram 2.564
“ 2021 ” 60.381
Deve-se, certamente, à entrada de imigrantes do Leste Europeu
Evangélicos, eram em 2021 – 186.832
Testemunhas de Jeová, eram em 2021 – 63.609
Hindus “ “ “ – 19.471
Budistas “ “ “ – 16.757
Católicos “ “ “ – +7 milhões
Ateus, eram em 1981 – 253.786
” ” ” 2021 – 1,2 milhões
Há aumento significativo de Judeus, devido à lei sefardista, que autoriza descendentes de israelitas, que viveram em Portugal, terem dupla nacionalidade.
Havia, também, em Portugal, em 2021, cerca de: 36.480 muçulmanos, originários, em parte, de países árabes e nações africanas.
Devido à entrada maciça de imigrantes, nos últimos anos, é natural que os números indicados, não reflitam a verdade atual.
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