Francisco Carlos Caldas

È racional, interessante, pertinente, tocar a vida no mínimo em três dimensões, tripés, sobre os quais já fizemos várias reflexões, entre outras em abril e junho/2007 e  7/08/2009.

Hoje uma parada para pensar sobre os ótimos tripés acima  e abaixo:

A racionalidade é a qualidade do ser racional, que faz uso da RAZÃO, que raciocina, que tem juízo, bom senso, que faz uso da consciência que é a presença de Deus em nosso ser. Tem aquela pegada de um ser que um dia chegou à conclusão de que ele era o cara mais inteligente que existia, pois, constatou que ele era capaz de enganar meio que todo mundo menos ele, e nisso um sério risco  da prepotência  daquele que “não é  que eu queira estar  sempre com a razão, é que eu não consigo que a razão não esteja sempre comigo”. A racionalidade é algo complexo, pois, muitos de vida errante, trapalhões, destrambelhados, se dizem e querem ter razão em atos irracionais, insensatos, de não:  bom senso, de consciência  ou senso comum.

Economicidade, é inclusive um dos princípios ligados a eficiência que norteiam ou deveriam nortear em tese atos da vida pública e particular, e que bate de frente com desperdícios,  esbanjações, atos distoantes de custo benefício. Tem a ver com o fazer mais com menos. Não é: pão durismo, sovinice, ações de mão de vaca, mas racionalidade em gastos e investimentos. Na vida pública local (de Pinhão), esse princípio vem constantemente não só sendo violado, mas estuprado, e os casos concretos que fiquem na imaginação e reflexão de cada não alienado leitor e críticas e ataques na época de campanha eleitoral.

Pragmatismo se baseia na verdade e importância do valor prático. É ser operacional, resolutivo, sem: mimis, querequexés, enrolações, formalismos exacerbados, atrelamentos a burocracia. No Brasil já tivemos até o Ministério da Desburocratização, que diminuiu e eliminou  algumas aberrações como atestado de pobreza, mas que não eliminou ranços da formação colonialista exploratória,  cartorial, patrimonialista, monopolista  e continuamos em muitas situações, o atestado de óbito mais sopesado  do que o cadáver, e mandando o BOM SENSO  para as cucuias.

E há também tripés negativos, que devem ser evitados ao máximo: depressão (excesso de passado), estresse (excesso de presente) e ansiedade (excesso de futuro), nas palavras da Drª. Ana Beatriz Barbosa Silva, médica psiquiatra do Rio de Janeiro, e destacada influenciadora.

Nas vidas públicos dos 3 Poderes de Montesquieu e da República, há ainda muito do “prá que facilitar se eu posso complicar”,  e uma quase satisfação de criar e não resolver o teu problema e fazer com que você saia por aí algures e volte algum dia ou nunca mais e para agentes políticos meio que só lembrado em eleições, demagogismos, populismos em busca de se manter e perpetuar no Poder e Reino de benefícios pessoais, mordomias, privilégios!

Nos nossos  43 anos de advocacia em Pinhão, temos um rol expressivo de aberrações, injustiças  que a falta dos tripés acima causaram. Já enfrentamos e continuamos enfrentando essas problemáticas,  em que pese avanços do mundo tecnológico, da informática, sistema PROJUDI, citações judiciais via WhatsApp, Provimento nº. 276/2018, de 18/05/2018 da Corregedoria da Justiça do Paraná, que veio a propiciar regularizações documentais (abertura de matrículas no registro imobiliário) de complexas áreas em condomínios, que antes dependiam de  morosas e dispendiosas divisões judiciais, dificilíssimas e na prática até impossíveis reconstituições, e que geraram em nosso meio até uma espécie de “indústria de usucapiões”.

(Francisco Carlos Caldas, advogado, municipalista e Cidadão).

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