Por Humberto Pinho da Silva
Afirma-se, sem pensar, que a classe politica é corrupta, como se fosse constituída por desonestos, o que não é verdade.
Em todas as profissões há gente honesta e desonesta.
Infelizmente até no clero há casos reprováveis. São, como disse Frei Bartolomeu dos Mártires: “Os que tosquiam as ovelhas para usarem a lã“, mas ceio que a maioria dos Ministros de Deus, são tementes ao Omnipotente.
Estando em Roma, num Convento Franciscano, o Irmão que me acolheu, apresentou-me humilde frade, com hábito desbotado e remendado, e cochichou-me: – ” É verdadeiramente servo de Deus. Tudo que possui é esse hábito!…”
Nas andanças da juventude, conheci pobre diabo no extinto Café Chave D’Ouro, que não parava de se lamentar por não conseguir vantagem do seu trabalho na Igreja.
Correra várias, inclusive a Católica, mas nunca obteve compensação financeira, dizia desolado.
Esperava, ansiosamente, resposta de Igreja Evangélica, à qual oferecera seu grupinho, em troca de remuneração, como pastor!…
Devo esclarecer, que nem todos “trabalham” por dinheiro, v.g. o pastor que pastoreia Igreja da minha cidade.
Ao conversar com crentes, revelaram-me que o pastor da sua paróquia não recebia os honorários devidos, porque sendo professor, declarou não necessitar de onerar os fiéis. Confirmei, mais tarde, a veracidade.
Corruptos somos quase todos. Quem não tentou corromper com uma ” cunha”? No Brasil, o “jeitinho” é uma instituição nacional. Todos pedem, e quase todos prometem: digo “prometem”, mas nem sempre cumprem…
Com tantos “jeitinhos” seria de admirar que os escolhidos pelo povo, não façam e peçam jeitinhos…
Creio que há políticos honestos, como em qualquer profissão, – mas por vezes, é como diz o rifão: ” A ocasião faz o ladrão”.
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